Quando o seu empresário apresentou-lhe a hipótese de ir para o CSKA, da Bulgária, como reagiu?
No início fiquei receoso. Depois falei com o David Simão, que estava lá, e ele disse-me que as condições não eram as melhores, mas que o clube era muito bom, os adeptos incríveis. O contrato era muito mais alto do que o que tinha com o Belenenses. Tomei a decisão de ir.
A sua namorada foi consigo?
Primeiro fui sozinho, para me adaptar e tratar de tudo. Ela também estava receosa, mas depois foi ter comigo, as coisas tomaram o rumo normal e acabou por ficar lá.
Como era o seu inglês?
Nunca tive grandes dificuldades.
Quando chegou à cidade de Sofia gostou do que viu?
Eles deram-me todas as condições, deram-me logo casa. Tinha uma pessoa que me ia buscar e levar aos treinos. As condições de treino não eram boas, treinávamos num sítio que era de outro clube, que por acaso tinha boas condições, mas sentíamos que não era a nossa casa. Mas quando comecei a jogar, esse facto “apagou” um pouco essas coisas menos boas.
Como são os adeptos búlgaros?
Adorei os nossos adeptos, foram dos melhores que tive. Acompanham a equipa para todo o lado. Chegámos a fazer um jogo em Varna, que fica a seis horas de Sofia, só foram atribuídos 1.000 ou 1.500 bilhetes para os nossos adeptos e estavam entre 1.000 a 2.000 adeptos a cantar fora do estádio, sem ver o jogo.
Nunca teve ou assistiu a nenhum problema com adeptos?
Pessoalmente, nunca tive nenhum stress. Agora, a Bulgária é um país onde existe algum racismo, infelizmente, e tive um colega de cor, que teve alguns problemas com os adeptos numa fase em que não estivemos tão bem. Foi alvo de comentários racistas e foi complicado para o plantel lidar com aquela situação.