Nasceu no Porto. É filho de um polaco e de uma portuguesa. Como é que eles se conheceram?
Os meus pais conheceram-se ainda na ex-União Soviética, na Ucrânia, em Kiev, quando estavam a estudar educação física. Casaram em 1991, em Portugal onde ficaram a viver. A minha mãe apesar de ter nascido em Penafiel viveu a vida inteira até adulta em Torres Vedras, e o meu pai vem de uma cidade a 300 quilómetros de Varsóvia, uma cidade central que se chama Bydgoszcz. Eles decidiram viver no Porto, para obter a equivalência do curso que tinham feito na Ucrânia, gostaram e ficaram sempre no Porto. Eu nasci em 1995, na Sé.
Eles praticaram algum desporto federado?
O meu pai quando era novo praticou basquetebol, mas mais a sério, a um nível mais elevado e federado, jogou andebol, em Varsóvia. No entanto, quando terminou o curso a sua especialidade foi basquetebol. A minha mãe fez ginástica, foi campeã nacional de mini trampolim.
Tem irmãos?
Tenho dois. O Filipe tem 21 e o António 23 anos.
Recorda-se como era em criança?
Não dava muito trabalho, acho eu, era calmo. Não tenho assim histórias de passar das regras e dos limites. Gostava da escola. Não ia com uma motivação enorme para as aulas, mas era bom aluno e estava bastante atento. Era uma das minhas qualidades para ter boas notas, estar mais atento nas aulas.
Em casa falavam consigo em polaco e em português, ou só em português?
Tentávamos falar em polaco também, mas, claro, era muito difícil, porque viver em Portugal com mãe portuguesa e numa escola portuguesa... Conseguíamos falar polaco com o meu pai, mas normalmente falávamos em português. Agora, íamos todos os anos de férias no verão para a Polónia, onde tínhamos contacto com a família polaca, essas raízes e essa ligação à Polónia sempre existiu.
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