As ATP Finals são o cerrar de pano da temporada da bola amarela, o fim de história em mais um ano de ténis que antecede novo virar de calendário, no qual rapidamente o mundo das raquetes vira olhos para a Austrália. Após realizada a tradicional fase de grupos, Novak Djokovic marcou encontro com Taylor Fritz e Casper Ruud com Andrey Rublev, nas meias-finais que determinariam a parelha que discutiria o título.
Em Turim, Djokovic bateu (7-6(5), 7-6(6) o seu adversário norte-americano, enquanto Ruud derrotou, também em duas partidas, mas com maior facilidade (6-2, 6-4) o russo que estava do outro lado da rede.
Djokovic chegou a este final de época num invulgar 8.º lugar do ranking ATP — recorde-se que, por ter decidido não se vacinar contra a covid-19, o sérvio foi impedido de viajar para participar no Open da Austrália e no US Open —, mas pode fazer história nestas ATP Finals. Caso ganhe a final, agendada para domingo, Novak igualará o recorde de títulos de Roger Federer no torneio, com seis, ganhando vantagem face a Ivan Lendl e Pete Sampras. Será a oitava vez que o antigo n.º1 do mundo disputará a final da competição de fecho de ano.
Para derrotar Fritz, 9.º da hierarquia e em estreia no torneio, Djokovic teve de superar dois tie breaks, dizendo, após o encontro, que teve de “lutar para sobreviver”, num dia em que “não se sentiu muito confortável” a jogar, precisando de ser “paciente”.
Ao ter vencido os seus três compromissos na fase de grupos, Novak Djokovic irá receber um cheque de 4,74 milhões de dólares, o maior prémio monetário num torneio na história do ténis, segundo dados da ATP.
Um pouco mais confortável foi a vitória de Casper Ruud. Na segunda vez que pisa as ATP Finals — que juntam os oito melhores do ano —, o norueguês estreia-se no duelo de atribuição do título.
Caso derrote Novak Djokovic, o finalista de Roland-Garros terminará o ano como n.º2 do mundo, só atrás de Carlos Alcaraz. Será outro passo no crescimento consolidado de um jogador sólido e consistente, longe dos fogos de artifício de alguns nomes da nova geração, mas que tem escalado a pulso no ranking: estreou-se no top 100 em março de 2019, no top 50 em janeiro de 2020 e no top 10 em setembro de 2021. É, atualmente, o 4.º.
Sobre a final contra Djokovic, Ruud comenta que o sérvio é “um jogador que não tem muitas fraquezas”, mas que “é humano”. Apesar de estar à frente de Djokovic na hierarquia, o norueguês considera-se o “underdog” da final: “Ele ganhou este torneio cinco vezes e eu vi-as todas na televisão”, graceçou Ruud.