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Inspirado em Federer, Djokovic também quer ter os rivais ao seu lado quando fizer o seu último jogo: “Acrescentou algo especial”

Djokovic não esquece o momento da despedida de Federer. Foi especial ao ponto de convencer o tenista a dizer adeus ao ténis, quando o momento chegar, da mesma forma: ao lado dos seus rivais. O espanhol Rafael Nadal continua a ser o seu maior adversário

Rita Meireles

Novak Djokovic, Rafael Nadal e Roger Federer, em 2013, num evento da ATP

Matthew Stockman/Getty

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Dizer adeus a uma carreira como a de Roger Federer seria sempre um momento especial e de muita emoção. Mas fazê-lo com os seus rivais presentes, a jogar ao lado de Rafael Nadal, tornou o momento ainda mais emotivo. Se assim foi para quem assistiu pela televisão, imagine-se para quem estava no court ao lado da estrela do ténis.

Novak Djokovic foi um desses jogadores e, agora, garante que quer a mesma despedida quando decidir arrumar a raquete. “Foi um momento muito tocante, muito emotivo”, disse Djokovic aos jornalistas em Tel Aviv, onde vai jogar esta semana. “Ver os seus filhos e família também me emocionou. Devo dizer que estava a pensar em como iria ser quando eu me despedisse do ténis”.

As imagens de Federer e Nadal, que partilharam uma das grandes rivalidades da modalidade, a chorar juntos durante a Laver Cup marcaram, sem qualquer dúvida, o último jogo do suíço. Djokovic e Andy Murray também foram dois dos principais rivais de Federer e não falharam à última chamada.

“Há definitivamente uma coisa que desejo ter. Além, claro, da minha família e das pessoas próximas na minha vida, adoraria ter lá os meus maiores rivais e concorrentes. Porque acrescentou algo especial, acrescentou mais importância a esse momento”, disse Djokovic.

O jogador de 35 anos, que está a um major de chegar ao recorde masculino de Nadal (22), garantiu que o espanhol continua a ser o seu maior rival.

"Jogámos o maior número de partidas de qualquer outra rivalidade na história do ténis", disse. "A rivalidade é muito especial e continua. Espero que tenhamos a oportunidade de jogar um contra o outro mais vezes. Porque é entusiasmante para nós e também para os fãs do ténis e do desporto em todo o mundo".