No que a torneios do Grand Slam diz respeito, o ano de 2022 de Novak Djokovic vai terminar como começou: com o sérvio de fora de uma das principais competições por recusar vacinar-se contra a covid-19. Depois de, em janeiro, uma longa novela com avanços e recuos transmitidos ao minuto para todo o mundo ter tido como desfecho a ausência do campeoníssimo do Open da Austrália, agora, sem tribunais nem conflitos, é o próprio tenista a comunicar, no Twitter, que não poderá estar no US Open.
"Infelizmente, não poderei viajar para Nova Iorque para o US Open. Obrigado à #NoleFam pelas mensagens de amor e apoio. Boa sorte para os meus colegas jogadores! Manter-me-ei em boa forma e de espírito positivo e esperarei por uma oportunidade para competir de novo. Vejo-te em breve, mundo do ténis!", foi a mensagem que o sérvio escreveu.
Em comunicado, o US Open confirmou que o sérvio abandonou o torneio. Stacey Allaster, diretor do US Open, disse que Djokovic "é um grande campeão" que tem a "infelicidade" de estar impedido de jogar em Nova Iorque. "Esperamos dar as boas-vindas a Novak em 2023", deseja Allaster.
Desde outubro de 2021 que os EUA exigem que quem chegue ao país esteja vacinado contra a covid-19. Isto impediu que Djokovic disputasse os Masters 1000 de Indian Wells e Miami em março e abril, bem como o de Cincinnati, já em agosto.
Nas últimas semanas, foram anunciadas algumas mudanças que suavizaram as normas quanto às exigências de vacinação nos EUA, o que levou a que se especulasse que a proibição de entrada no país de não vacinados poderia terminar antes do arranque do US Open. A 30 de julho, Djokovic chegou a dizer que estava a "cruzar os dedos" enquanto esperava se "poderia viajar para os EUA".
No entanto, o levantamento da proibição não aconteceu, impedindo-se, assim, que Djokovic dispute a competição, cujo quadro principal arranca a 29 de agosto e a final é a 11 de setembro.
Depois de ter vencido o torneio de Wimbledon, o sérvio chegou aos 21 torneios do Grand Slam, ficando a um do recorde de Rafa Nadal como jogador masculino com mais majors. No US Open, o sérvio venceu o título em 2011, 2015 e 2018, tendo perdido a final da passada edição contra Medvedev.
Em fevereiro, à "BBC", Djokovic explicou que "os princípios" sobre o seu corpo eram "mais importantes do que qualquer título", estando disposto a "abdicar de êxito desportivo" em prol das suas "convicções". Agora, essas "convicções" levá-lo-ão a falhar o segundo dos quatro eventos mais importantes do ano.