Roberto Martínez, como carta de apresentação, não mudou radicalmente a convocatória da selecção nacional. Ninguém esperava que o fizesse, de resto. Individualmente, destaca-se a inclusão de centrais para o futuro, como Gonçalo Inácio e Diogo Leite. Foi na sequência de uma pergunta sobre ambos que o novo timoneiro traçou o caminho. “Temos de ser flexíveis tacticamente”, apontou. Parece claro que, tal como acontecia na Bélgica, há vontade para experimentar um sistema com três defesas. Quer criar hábitos desde já, independentemente do nível dos adversários. Mas abrir essa opção não significa que se assuma um sistema único. Assim se entende o pensamento do espanhol.
Flexibilidade é a palavra escrita no quadro (a análise à primeira convocatória de Roberto Martínez)
Foi na sequência de uma pergunta sobre Gonçalo Inácio e Diogo Leite, os dois centrais que são as únicas verdadeiras novidades na lista do novo selecionador, que Martínez traçou o caminho: “Temos de ser flexíveis tacticamente”, apontou. Para o analista e comentador Tomás da Cunha, parece claro que, tal como acontecia na Bélgica, há vontade para experimentar um sistema com três defesas. Sobre Cristiano Ronaldo, a chamada não surpreende, mas mais do que a inclusão na convocatória, que divide opiniões, importa perceber se já aceita um estatuto secundário
17.03.2023 às 16h11
Gualter Fatia/Getty
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