Passaram 127 dias desde que, a 7 de maio, André Villas-Boas tomou posse como novo presidente do FC Porto. Em quatro meses, o sucessor de Jorge Nuno Pinto da Costa tem-se multiplicado no cumprimento de promessas eleitorais, procurando moldar os azuis e brancos à sua visão do clube, após mais de quatro décadas da mais marcante presidência da história do desporto nacional.
A 10 de setembro, foi momento de lançar nova medida constante do programa que levou Villas-Boas a ganhar nas urnas. O Portal da Transparência, muito falado por AVB na campanha, passou a estar online.
Dividida em sete áreas (pessoas e organização, jogadores, contratos e informação financeira, sustentabilidade, infraestruturas, documentos e canais de denúncia), a plataforma serve para “prestar contas aos seus associados, parceiros, acionistas e demais investidores das empresas do grupo”, lê-se na descrição do portal. André Villas-Boas, em declarações aos canais de comunicação dos dragões, classificou este lançamento como “um passo significativo na transparência do FC Porto”.
Após avançar no sentido de cumprir outras bandeiras eleitorais, como a reaproximação aos adeptos — através do regresso à baixa do Porto para apresentação de equipamentos ou dos convites a sócios para assistirem a treinos —, o arranque do futebol feminino e do futsal, Villas-Boas tem, neste portal, um duplo trunfo.
Por um lado, o presidente continua a fazer check em pontos do seu programa, num acelerado processo de mostrar serviço. Por outro, marca uma diferença com o passado anterior, mais cinzento e opaco, servindo também o que se lê na plataforma para evidenciar como AVB se desmarca da gestão de Pinto da Costa em pontos que o próprio presidente atual muito criticou, como as comissões excessivas ou os elevados prémios de desempenho aos administradores da SAD.
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