É curioso este “cruzamento” recente entre Mou e Guardiola, ainda que apenas destape o óbvio: ambos são resultadistas, na essência. A derrota molda. No auge da rivalidade Barcelona x Real Madrid, o português começou a pensar em estratégias para diminuir o poder do adversário. Parece simplista colar o que se seguiu na sua carreira apenas à passagem pelo Santiago Bernabéu, mas a busca por responsabilidades externas tornou-se frequente. E Guardiola, mais recentemente, não perdeu apenas o campeonato para o Liverpool - perdeu a própria equipa
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Mourinho chegou a Portugal e pede-se que consiga reinventar-se. Por outras palavras, pede-se que volte ao passado vitorioso, como se a última década de carreira pudesse ser simplesmente eliminada e sem consequências. Os treinadores de futebol carregam os bons momentos, mas especialmente os maus momentos. É isso que os leva a mudar. Veja-se a estratégia ultra-defensiva de Pep Guardiola contra o Arsenal, abdicando da posse de bola para segurar a magra vantagem. Há uns anos, ninguém sequer equacionaria a possibilidade, porque o próprio catalão seria o primeiro a rejeitá-la. Os tempos mudam e trazem cenários anteriormente inimagináveis.
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