Nos próximos dias 8, 9 e 10 de outubro, Lisboa vai receber o Portugal Football Summit - 2025.
Não se trata apenas de mais um ciclo de palestras sobre futebol nem de mais uma iniciativa "bem intencionada" para preencher calendário.
É um evento realmente importante, organizado pela Federação Portuguesa de Futebol, onde serão partilhadas experiências, lançados debates e discutidas ideias sobre tudo o que rodeia a indústria. Confesso que é gratificante saber que não só não ficaremos fora da discussão, como iremos liderá-la, não como anfitriões de circunstância, mas escudados nas provas que damos repetidamente.
A nossa legitimidade está sustentada na qualidade irrefutável das nossas seleções, na presença dos nossos clubes entre a elite europeia, nos árbitros e árbitras cada vez mais reconhecidos além-fronteiras, nos treinadores e treinadoras de referência mundial, nos muitos jogadores e jogadoras que atuam ao mais alto nível. Temos base sólida, mérito desportivo, logo o dever e direito de assumir debates estratégicos que ajudem a definir o rumo da indústria.
Pela Cidade do Futebol irão desfilar personagens influentes, a começar por Aleksander Čeferin, Presidente da UEFA. Já os temas em agenda prometem conclusões interessantes: estamos a falar de questões como sustentabilidade financeira, revolução digital, igualdade de género, saúde mental, formação, comunicação e impacto cultural que tem nas diferentes sociedades.
O "Portugal Football Summit" será um palco mediático que reforçará a nossa voz, atraindo decisores, investidores e investigadores. Um palco que visa criar pontes entre os diferentes setores, porque só a união e alinhamento de ideias proporcionam respostas sérias a desafios importantes.
Entre os muitos assuntos que serão discutidos, haverá naturalmente espaço para falar de arbitragem. Nunca como hoje a função foi alvo de tanto escrutínio. A exigência é crescente, a pressão global, os desafios constantes. Convidámos figuras de primeira linha para debater o futuro do setor: o recrutamento, retenção e formação dos árbitros, o papel que deve ser atribuído à tecnologia, o caminho a seguir rumo a maior transparência e perceção de credibilidade da classe. São áreas essenciais para quem acredita que o jogo será mais forte se tiver árbitros qualificados e respeitados.
Por cá, para nós, esta será uma oportunidade para mostrar caminhos já traçados. Não nos limitamos a seguir o que se faz lá fora. Importamos boas práticas, com sensatez e humildade, mas não abdicamos de tentar aplicar aquelas que definimos, face à nossa realidade.
Haverá ainda espaço para discutirmos inovação nos modelos de negócio, inteligência artificial (sobretudo aplicada à análise de jogo), o papel dos media, modelos de governação e integridade no desporto. Questões estruturantes que afetam diretamente a vida das organizações e das pessoas que lá trabalham.
Este mega evento prova, mais uma vez, que em matéria de futebol, não nos conformamos em ser meros recetores de ideias: queremos impulsionar e participar no processo de reflexão, assumindo protagonismo na construção do futuro daquele que, para nós, é o melhor jogo do mundo.
Apareçam! É de todos e para todos!
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