A sucessão de Ruben Amorim nunca seria fácil, estando mais ou menos preparada. Nas palavras de Frederico Varandas, a escolha de João Pereira surgiu como a antecipação de um plano projetado para o verão de 2025. Tendo em conta a inexperiência do novo treinador, só uma avaliação interna rigorosa poderia medir o futuro enquanto nome estrutural. À partida, sabia-se que não daria para igualar certos parâmetros de carisma e liderança, que se refletiam no espírito de união e na resistência à adversidade. Além disso, ficaram por descobrir os pontos fortes (em forma de potencial, pelo menos) que o presidente do Sporting identificou no antigo técnico da equipa B leonina para assumir um cargo de tal importância.
As palavras que utilizou na apresentação atiraram João Pereira para um excesso de expectativas com o qual não mereceria lidar. Mais do que isso, denunciam o papel de Varandas ao longo do último mês, tentando convencer os adeptos do clube de que a estrutura estava preparada para não depender de um treinador. Pelo caminho, sentiu a necessidade de deixar a mensagem de que não iria gerir o Sporting de fora para dentro, acabando por ceder à realidade. O futuro ainda está em aberto, mas a única decisão que defende os interesses leoninos foi tomada: reconhecer que o homem que escolheu não tinha, por várias razões, condições para prolongar o ciclo vitorioso.
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