O futebol é rico em surpresas, e é, talvez, o desporto onde os imponderáveis mais fazem por nivelar as diferenças de qualidade entre as equipas. Em Barcelos, assistiu-se a um jogo atípico na forma como as duas equipas ficaram condicionadas a jogar com menos um elemento, ainda durante a primeira parte. Sendo que o Gil Vicente viu um dos seus elementos em melhor forma expulso aos 12 minutos e, dez minutos depois, Luis Neto equilibrou a contenda pela expulsão por conduta violenta.
Olhando para as duas formações, a expulsão de um médio ofensivo mantém a equipa de Ricardo Soares mais perto do que faz habitualmente do que a expulsão de um defesa central no Sporting, tendo em conta os jogadores escalonados inicialmente.
Rúben Amorim levou dez minutos a reagir, e podem ter passado pela cabeça do treinador vários cenários:
- A entrada de Nazinho. Matheus Reis baixa para defesa central pela esquerda e assegura a estrutura defensiva de base. Gr+5+2. A equipa perderia do ponto de vista ofensivo presença constante no flanco esquerdo, por falta de capacidade do jovem defesa leonino para chegar tão rapidamente a frente, mas estaria equilibrada atrás. Não teria, também, capacidade para pressionar tão alto, tendo em conta não estar habituado a jogar na posição de avançado interior.