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Blessing Lumueno

Blessing Lumueno

Treinador de futebol

Contextos de stress: o caso de Rúben Amorim em Barcelos

O treinador e analista Blessing Lumueno escreve sobre o Gil Vicente - Sporting, um jogo em que, a jogar com menos um, se viu o treinador dos leões a agarrar-se ainda mais ao que trabalha do ponto de vista tático, confiando no processo de treino e numa ideia inegociável: a equipa está em primeiro lugar

Blessing Lumueno

Soccrates Images/Getty

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O futebol é rico em surpresas, e é, talvez, o desporto onde os imponderáveis mais fazem por nivelar as diferenças de qualidade entre as equipas. Em Barcelos, assistiu-se a um jogo atípico na forma como as duas equipas ficaram condicionadas a jogar com menos um elemento, ainda durante a primeira parte. Sendo que o Gil Vicente viu um dos seus elementos em melhor forma expulso aos 12 minutos e, dez minutos depois, Luis Neto equilibrou a contenda pela expulsão por conduta violenta.

Olhando para as duas formações, a expulsão de um médio ofensivo mantém a equipa de Ricardo Soares mais perto do que faz habitualmente do que a expulsão de um defesa central no Sporting, tendo em conta os jogadores escalonados inicialmente.

Rúben Amorim levou dez minutos a reagir, e podem ter passado pela cabeça do treinador vários cenários:

- A entrada de Nazinho. Matheus Reis baixa para defesa central pela esquerda e assegura a estrutura defensiva de base. Gr+5+2. A equipa perderia do ponto de vista ofensivo presença constante no flanco esquerdo, por falta de capacidade do jovem defesa leonino para chegar tão rapidamente a frente, mas estaria equilibrada atrás. Não teria, também, capacidade para pressionar tão alto, tendo em conta não estar habituado a jogar na posição de avançado interior.

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