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Mundial 2022

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A final de Messi e Mbappé: entre o coroar de uma lenda e o caçador de Pelé

Argentina e França vão discutir a decisão do Campeonato do Mundo este domingo (15h, RTP1), lideradas por Lionel Messi, que faz a segunda tentativa de replicar Diego Armando Maradona, e por Kylian Mbappé, de novo no encalço de outro marco de carreira do rei brasileiro

Diogo Pombo

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Há um momento no relvado do Lusail, estádio do Catar onde a Argentina lavrou a repetida proeza de garantir a segunda final de um Mundial em oito anos, em que os jogadores saltitam, uns abraçados e outros com os braços-esparguete no ar, entoando com os adeptos a canção que louva “Don Diego” Maradona e senhora sua mãe, “Dona Tota”. Durante alguns segundos, um deles também esbraceja, sorri, canta e mexe os pés, mas numa nota abaixo, não exatamente com a mesma intensidade. Até o puxarem para a molhada festiva, colocando-o ao centro da roda, ele aparenta felicidade sem êxtase, alegria sem estar rejubilante. Esse jogador era Lionel Messi.

Algo contido, quase com ares de vergonha em celebrar sem freios, tiveram de puxar o capitão da Argentina para a festa, e ele lá se rendeu. Sa­biam que, este domingo, todos voltariam a esse mesmo recinto para jogarem a decisão do Campeonato do Mundo (15h, RTP1), torneio já não visto na Argentina como uma obrigação cobrada a Messi mas sim como uma espécie de missão a cumprir por quem lhe faz companhia na seleção. Nos últimos anos, sobrecarregada ainda mais pela conquista da Copa América em 2021, a aura de credor suplantou a de devedor em Lionel.

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    A estreia de Kyllian na Ligue 1 foi promovida por Leonardo Jardim, substituindo Coentrão e entrando para uma equipa com Bernardo ou Ricardo Carvalho. Os companheiros portugueses seguiram-se no PSG, o ídolo é português, vários dirigentes associados à sua carreira também e até na seleção tem como aliado Griezmann, com origens em Paços de Ferreira. A ascensão de Mbappé contada à Tribuna Expresso por quem com ele conviveu na formação

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    Liderada por um antigo atacante que é hoje defesa que faz cortes na pequena área, médio organizador e general que ordena os companheiros, a seleção campeã do mundo bateu (2-0) Marrocos e está na segunda final consecutiva. Theo e Kolo Muani foram os primeiros jogadores adversários capazes de marcar golos a Marrocos, que passou boa parte do tempo a atacar mas não mostrou recursos contra a solidez gaulesa

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    A Argentina estará, pela 6.ª vez, na final de um Campeonato do Mundo, a segunda com Lionel Messi, por quem uma geração de jogadores confessa jogar para lhe dar a alegria que lhe escapa. Na meia-final em que acabou (3-0) com a Croácia de Luka Modric, essa vontade dos argentinos coincidiu com o vislumbre, mais uma vez, de um génio a ser génio: depois de marcar de penálti, Messi teve uma jogada adaptada ao Messi que é hoje, fintando repetidamente o melhor central do torneio para oferecer um golo

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    Lionel Messi irrita Bruno Vieira Amaral porque a perfeição perfeita, infalível, é absolutamente desumana, desinteressante, vazia. O argentino é como um Deus todo-poderoso, infinito e imortal. Ele não é como Diego Maradona, que foi um deus grego, com o seu génio e mau génio, irascível e abrasivo, sanguíneo e sentimental. Messi é o Alfa e o Ómega, não tem começou nem terá fim