Aconteça o que acontecer daqui em diante, Marrocos já é a sensação deste Mundial. Tornou-se a quarta selecção africana a chegar a esta fase da competição, intrometendo-se entre os europeus e os sul-americanos. A Bélgica e a Espanha sabem a dificuldade de bater este adversário. Ou de lhe marcar golos. A selecção comandada por Walid Regragui, nos quatro jogos que disputou, ficou sem sofrer em três. Isto porque houve um auto-golo na partida contra o Canadá. Assim se percebe que a resistência defensiva, assente em pilares individuais, é a forma de competir dos Leões do Atlas. Mais uma vez, Portugal reencontra um velho conhecido. Para variar, as memórias não são as melhores. Em 1986, no México, a derrota por 3-1 eliminou a selecção nacional.
Na fortaleza inquebrável, a individualidade não se perde (a análise a Marrocos, adversário de Portugal nos ‘quartos’)
O analista e comentador Tomás da Cunha traça o perfil de Marrocos, a sensação deste Mundial e que no sábado enfrenta Portugal (15h, SIC). Uma equipa de resistência defensiva, assente em pilares individuais, que sabe esperar por um erro e explorar a bola parada. Contra a seleção nacional, o plano voltará a ser claro como a água: fechar com muitos e sair com poucos.
Tomás da Cunha
09.12.2022 às 17h00
JAVIER SORIANO/Getty
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