O segundo golo foi, todos o dizem, à ponta-de-lança. Diogo Dalot cruzou da direita, ele antecipou-se ao defesa só para conseguir chegar com o pé esquerdo à bola, dar-lhe um toque ligeiro e fazê-la passar por baixo das pernas do guarda-redes suíço. Depois fez um par de assistências: uma do lado certo, a fazer de mordomo de Raphaël Guerreiro, outra na própria baliza, penteando uma bola que ficou à medida do central Akanji.
A vida depois de Cristiano
Ninguém acreditaria na trama trágica, novelesca, da inesperada ascensão de Gonçalo Ramos e da forçada abdicação de Cristiano Ronaldo, escreve Bruno Vieira Amaral: “Sabíamos que não ia ser fácil, mas imaginávamos negociações palacianas, manobras de bastidores, acordos nos gabinetes da Federação e, afinal, o drama desenrolou-se no maior dos palcos com o mundo inteiro a assistir”. Aconteça o que acontecer daqui para a frente, a goleada de Portugal à Suíça traça a linha imaginária para lá da qual começa a vida da seleção sem Cristiano Ronaldo
Bruno Vieira Amaral
08.12.2022 às 17h45

Markus Gilliar - GES Sportfoto
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