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Mundial 2022

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Um explicador para as grandes surpresas do Mundial: a Alemanha jogou para ser eliminada? Não. E o Japão para passar em primeiro? Também não

Os alemães não dominaram as áreas, onde lhes faltam referências como em outros tempos, nem acautelaram as fragilidades defensivas. Os japoneses só jogaram em certos períodos sob um selecionador que guarda as melhores armas no banco e a quem tal poderá sair caro. Com a ajuda dos analistas Tomás da Cunha e Rui Malheiro, esmiuçamos os motivos que podem explicar as duas grandes surpresas, até ao momento, do Mundial do Catar

Diogo Pombo

Visionhaus

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A Alemanha foi, realmente, a terceira pior seleção do Grupo E?

Plantar muitas árvores no mesmo terreno para se ter um bosque não é como uma equipa de futebol, sabemos que não basta reunir jogadores e pronto, mas este nem é um caso de absurda concentração de talento per capita onde faltou um clique, que simplesmente não funciona como equipa. Joshua Kimmich, Ilkay Gundongan, Manuel Neuer, Jamal Musiala ou Leroy Sané compõem uma colheita e peras da Alemanha, são dos mais capazes nas suas posições neste mundo e, em campo, nunca foi penoso, muito menos horrível, vê-los a jogar como um conjunto. Resumindo, “é preciso ter em conta a forma como acontece”, resume Tomás da Cunha.

E o analista começa por apontar o quase óbvio, embora esquecível pela tendência de fazer julgamentos futebolísticos focando só nos resultados: “A Alemanha foi bastante superior ao Japão durante 60 minutos, discutiu taco-a-taco o jogo com a Espanha e acabou por ser superior à Costa Rica, mesmo com dificuldades”. Perdeu, empatou e ganhou. Os germânicos, mesmo falíveis e com fragilidades detetáveis - e pior, destapáveis mais facilmente pelos adversários -, “não foram, nem de perto nem de longe, a terceira pior equipa do grupo”. Vê-los a empacotarem as malas tão cedo “é duro e chocante”, reconhece o comentador, mas “não traduz uma inferioridade geral da Alemanha”.

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