Portugal não fazia seis pontos (pelo menos) num grupo do Mundial desde 2006. Esta tranquilidade para garantir o apuramento não se via há muito tempo e isso já ninguém tira à seleção nacional. Fernando Santos não mudou a base da equipa que havia vencido o Gana, provando que chega a esta competição com convicções sólidas. Isso será sempre uma vantagem em relação a etapas anteriores. Mas continua a ser preciso afinar a máquina, sobretudo quando se tem a bola.
Não foi um jogo especialmente diferente do primeiro – nem nas intenções ofensivas nem nos problemas em campo contrário. De resto, o Uruguai também se apresentou em 5-3-2. O início foi promissor e deu para entrar nas costas dos médios adversários, aproveitando os saltos de Bentancur na pressão. Isso perdeu-se rapidamente. A circulação de bola tornou-se muito lateralizada e pouco profunda, notando-se a ausência de movimentos contrários para provocar dúvidas na defesa charrúa. Portugal consegue controlar o ritmo, até pelo perfil dos médios que têm sido aposta, mas sem a necessária complementaridade no último terço é difícil não depender de lances individuais.
Promessas para o futuro e Bruno Fernandes no presente (a análise de Tomás da Cunha ao Portugal - Uruguai)
O comentador e analista lembra que Portugal prometia muito neste Mundial e, a nível de opções, não dá para dizer que o seleccionador não esteja realmente a tentar uma revolução. Os resultados não devem fazer esquecer as dificuldades, mas ajudam a reforçar o novo caminho
29.11.2022 às 11h03
Michael Steele/Getty
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