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Mundial 2022

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Depois de bailar com Platini em 1986, o Canadá está de volta a um Mundial: “No México só queríamos não fazer figuras tristes”

No Catar, a seleção da América do Norte disputa uma fase final 36 anos depois da estreia. Mike Sweeney jogou naquela equipa e conta como foi marcar Platini, ser expulso contra a Hungria 44 minutos depois de entrar em campo e as particularidades de um país onde o futebol é coisa de imigrantes e chegou a ser ofuscado pelo indoor soccer

Pedro Barata

A seleção do Canadá antes do jogo contra a França em 1986, com Mike Sweeney, de pé, na ponta direita da imagem

PA Images Archive

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Quando recordava o mês da sua vida que mais o transformou eternamente em Maradona, Diego Armando dizia sempre para repararmos nas sombras dos corpos que, em 1986, jogavam futebol no México. “Fíjate onde estão as sombras e vais perceber o primeiro problema daquele Mundial”, disse o Diez em 2016, quando participou num programa de comemoração dos 30 anos da vitória da Argentina.

Vendo imagens daquele campeonato com o filtro de atenção imposto por Maradona, rapidamente percebemos que o sol está lá sempre alto, queimando verticalmente as almas que ousavam enfrentar o calor que o astro emanava. Para coincidirem com o prime time europeu, os jogos eram sempre nas horas de maior calor no México.

Assim foi a 1 de junho de 1986, em León. Às 15h deu-se o pontapé de saída num duelo entre uma das maiores favoritas ao título e uma estreante absoluta. De um lado estava a França, campeã da Europa, liderada por um Michel Platini que se sentava no trono do planeta da bola — um mês depois o reinado terminaria às custas de um certo barrilete cósmico — e que era acompanhado por Jean Tigana, Alain Giresse ou Luis Fernández; do outro o desconhecido Canadá.

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