Pelo tom e forma como as palavras soam do outro lado da linha, Rafael Neto está a sorrir. Nunca antes o ouvimos falar assim. Mal atende o telefone, conta que as notícias chegaram há instantes: “Por incrível que pareça, a quatro dias de ficarmos na rua, já temos para onde ir.” O atleta de 19 anos e os pais tinham que deixar a casa onde vivem há vários anos, na Ajuda, em Lisboa, porque a nova senhoria não queria renovar o contrato de arrendamento.
Encontrar casa que dois ordenados mínimos possam pagar foi tarefa impossível.