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Liga dos Campeões

90 minutos a ver o Benfica-Inter de 1965: Germanobauer na baliza, Simões serpenteante e o golo de Jair, caído do céu como a chuva errante

A final da Taça dos Campeões Europeus, jogada no Comunale di San Siro em 1965, disputou-se debaixo de chuva e com a relva encharcada, que prejudicou magos como Eusébio e Luis Suárez. Costa Pereira, depois de ser infeliz no remate de Jair, saiu lesionado e deixou o Benfica com 10 jogadores em campo. Germano, o Beckenbauer antes de Beckenbauer para António Simões, vestiu a camisola negra com o número 1 e mergulhou as mãos nas luvas. Não sofreu golos, mas os lisboetas não conseguiram meter a bola na baliza de Facchetti, Mazzola e companhia

Hugo Tavares da Silva

FC Internazionale Archive

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A chuvada que caiu sobre San Siro sussurrava coisas desavindas para os artistas, mas também para os homens normais que jogavam futebol e que encolhiam os ombros perante essa primeira infelicidade. A relva estava ensopada, as poças deram à costa como os chapéus de chuva. Os funcionários do estádio faziam buracos, implorando para a água escoar. As correrias estavam em xeque e as botas que arquitetavam ataques geométricos ou velozes ou finos, suspeitavam que estes se transformariam em meros rumores.

Benfica e Inter, o campeão em título, encontraram-se no 27 de maio de 1965 para decidir mais uma final da Taça dos Campeões Europeus. Enfiada na gloriosa e tão avisada máquina do tempo, a Tribuna Expresso conta a história desse tão importante duelo, reeditado esta terça-feira no Estádio da Luz (20h00, Eleven 1 e TVI), salpicando-a com desabafos e descobertas dos protagonistas. Germano, por exemplo, foi Beckenbauer antes de Beckenbauer. Palavra de António Simões.

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