
Investimento é cerca de metade da média europeia. Mas o dinheiro está longe de ser o único problema
Investimento é cerca de metade da média europeia. Mas o dinheiro está longe de ser o único problema
Jornalista
Portugal é o quinto país da UE com menos medalhas olímpicas, só à frente da Lituânia, Luxemburgo, Chipre e Malta, nações incomparavelmente mais pequenas. Apesar de ter conseguido em Tóquio o melhor resultado de sempre, o número de subidas ao pódio, no total, não chega às 30, quando países da mesma dimensão, como a Hungria ou a Suécia, por exemplo, superam as 500. Afinal, o que falta para irmos mais alto e mais longe? Para dirigentes de federações, treinadores e outros profissionais especializados no treino de atletas de alto rendimento ainda são muitas as barreiras e obstáculos que temos de ultrapassar na corrida por mais medalhas.
Desde logo, o investimento em desporto não ajuda: por habitante, Portugal gasta pouco mais de metade da média europeia. Mas o dinheiro está longe de ser o único entrave. Num país com pouca cultura desportiva, que também está na cauda da Europa em termos da prática de atividade física, o problema começa logo na formação. “Não é possível ambicionar mais quando o trabalho feito nos escalões mais baixos é tão deficitário”, diz Jorge Vieira, presidente da Federação Portuguesa de Atletismo.
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