Perfil

Futebol nacional

“Eu quero o Braga campeão”: o sonho do SC Braga vai-se intensificando

Na goleada (4-1) contra o Portimonense, a pedreira despediu-se da sua equipa com o cântico que expressa um velho desejo da era António Salvador. Já com 71 pontos, pontuação não vista no clube desde Abel Ferreira, a equipa de Artur Jorge fica, à condição, a três pontos do Benfica e à frente do FC Porto

Pedro Barata

HUGO DELGADO/Lusa

Partilhar

A vitória frente ao Portimonense estava há muito assegurada. A comodidade do 4-1 no marcado permitiu mesmo a Artur Jorge tirar da partida Al Musrati e André Horta, pulmões do meio-campo da equipa que, se vissem um amarelo, falhariam a visita à Luz, na próxima jornada. O quinto triunfo consecutivo era uma realidade inegável.

E, subitamente, a pedreira começou a cantar em uníssono. “Eu quero o Braga campeão”, era a frase de ordem, expressão de uma velha ambição da era António Salvador. É o momento da equipa que promove a crença das bancadas.

Dias depois de chegar à final da Taça de Portugal, o 4-1 contra o Portimonense permitiu aos minhotos chegarem aos 71 pontos. A pontuação recorde da história do clube, os 75 pontos de Abel Ferreira em 2017/18, parece meta bastante ao alance.

Mais importante do que isso, à condição, o FC Porto foi ultrapassado, tendo menos um ponto. E o Benfica, também à condição, está meros três pontos à frente. Na próxima jornada à visita à Luz e poucas vezes nestes 20 anos de enorme crescimento terá havido tanta crença na cidade.

A dinâmica recente tem feito do Sporting de Braga especialista em entrar forte nos desafios, particularmente em casa. Só nesta segunda volta, nas receções a Arouca, Estoril e Gil Vicente, a equipa de Artur Jorge saiu na frente com pelo menos um golo nos primeiros 30 minutos.

Frente aos algarvios o cenário repetiu-se. Logo aos 2', Bruma, com um excelente passe, isolou Abel Ruiz, que atirou para o 1-0.

A quinta vitória seguida tornou-se um dado praticamente adquirido antes dos 40', com Iuri Medeiros a marcar de livre direto aos 32' e Niakaté a fazer o 3-0 aos 38'. Em cima do intervalo, Rui Gomes reduziu para o Portimonense, antes de Ricardo Horta, já lenda por mérito próprio na pedreira, fazer o 4-1 final.

Os festejos após o jogo foram de comunhão entre jogadores e adeptos, de acreditar antes de dias que poderão trazer história para Braga. Ricardo Horta diz ser “normal o entusiasmo de todos”, porque a equipa está “nas decisões” e sabe “que o campeonato ainda pode dar muitas voltas”. E o SC Braga quer ser protagonistas nessa curvas que ainda se poderão viver na I Liga.