O sonho da terceira Libertadores para Abel Ferreira esbarrou nos penáltis: Palmeiras é eliminado pelo Boca Juniors
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O técnico português falhou o acesso à final da máxima competição de clubes da América do Sul, perdendo contra os argentinos na marcação de castigos máximos, após um empate a um. Quatro anos depois, o troféu não será disputado somente entre brasileiros, com o Boca Juniors a juntar-se ao Fluminense no encontro decisivo
Depois das conquistas de 2020 e 2021 — mais a de Jorge Jesus em 2019 —, em 2023 não haverá um português a ganhar a Libertadores. O Palmeiras, de Abel Ferreira, caiu nas meias-finais da mais importante competição de clubes da América do Sul, sendo eliminado pelo Boca Juniors. Após o 0-0 da primeira mão, a segunda partida, no Brasil, ficou empatada a um, com os argentinos a imporem-se nos penáltis por 4-2.
Em São Paulo, os visitantes marcaram primeiro. Aos 23', após bom trabalho de Miguel Merentiel, Cavani fez o 1-0. Aos 36 anos, o uruguaio atua, pela primeira vez desde 2006, no continente que o viu nascer, tendo apontado o 439.º golo da carreira.
O Palmeiras reagiu, acentuando o domínio a partir dos 66'. Nesse minuto, o ex-Sporting Marcos Rojo foi expulso.
Em superioridade numérica, o Palmeiras lançou-se em busca do empate. A igualdade chegaria aos 73', através de um remate de longe do uruguaio Joaquín Piquerez. A equipa de Abel tentou, depois, um golo que a colocasse na final, mas sem êxito.
Nos penáltis, brilhou Chiquito Romero, o veterano argentino que durante quase uma década foi o dono da baliza da seleção do seu país. O guardião defendeu dois remates e os argentinos fizeram a festa.
Pela primeira vez desde 2019, a final da Libertadores não será apenas entre brasileiros. O Boca junta-se ao Fluminense, de Fernando Diniz, no duelo de atribuição do título. O encontro está marcado para 4 de novembro, no Maracanã.
Cavani e Romero, dois veteranos protagonistas no Boca Juniors
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É a 12.ª vez na história que o Boca está na final, sonhando com o sétimo título. O clube de Buenos Aires não ganha o título desde 2007 e, caso o faça, iguala o Independiente como o conjunto com mais êxito na história da Libertadores. O Fluminense nunca ganhou a competição.
No final da partida, após a eliminação, Abel Ferreira assumiu ser o “responsável máximo” pela eliminação. Para o técnico português, a “diferença” foi feita por Romero, o guardião do Boca.
O Palmeiras concentrar-se-á agora no Brasileirão, em que é quarto classificado, a oito pontos do líder Botafogo, que esta semana despediu Bruno Lage. Faltam 13 jornadas para o fim do campeonato.