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Futebol internacional

Vítor Pereira e Abel Ferreira arrancam Taça Libertadores na altitude e com derrotas

Flamengo e Palmeiras perderam no primeiro jogo da fase de grupos da prova, no Equador e Bolívia, respetivamente, numa altura em que o foco está nos campeonatos estaduais, que se vão decidir no fim de semana

Expresso

Javier Mamani P./EPA

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Flamengo e Palmeiras, treinados respetivamente por Vítor Pereira e Abel Ferreira, têm no domingo importantes duelos que irão definir os campeões cariocas e do Paulistão. O Flamengo está em vantagem face ao Fluminense, depois do 2-0 da 1.ª mão, e o Palmeiras terá de dar a volta ao surpreendente 2-1 conquistado pelo humilde Água Santa.

Por isso mesmo, a estreia das duas equipas na Taça Libertadores foi marcada pelas poupanças nos onzes. Ainda assim, não seria de esperar que ambas as equipas perdessem, as duas por reviravolta.

O Flamengo, que defende o título continental conquistado na última temporada, foi a Quito, a mais de 2800m de altitude, para defrontar o Aucas, campeão do Equador e estreante na prova. Mesmo com muitos jogadores menos utilizados, o Flamengo foi a primeira equipa a marcar, numa grande jogada individual do jovem Matheus França. A reviravolta do Aucas chegou na segunda parte, com golos de Erick Castillo (58’) e Roberto Ordóñez (85’), já depois dos equatorianos verem o VAR anular-lhes um golo.

No final, admitindo as poupanças numa fase importante da época, Vítor Pereira desvalorizou a derrota por 2-1. “Jogo difícil, em condições difíceis. Na minha opinião, fizemos um bom jogo, tivemos bons momentos, de controlo, posse, situações de golo. Na segunda parte o jogo tornou-se mais aberto. Não há muito tempo para pensar no resultado, temos uma final para jogar”, sublinhou o técnico português.

Não foi melhor a estreia do Palmeiras, horas depois, frente ao Bolívar, na sempre complicada altitude de La Paz, Bolívia, a capital mais alta do Mundo, a 3500m. A equipa de Abel, tal como o Flamengo, entrou a ganhar, com golo de José Manuel López, aos 13’, com o empate da equipa da casa a aparecer pouco depois, aos 20’, por Pablo Hervías. O Bolívar fez a cambalhota ainda na primeira parte, por Diego Bejerano, quando o Palmeiras já jogava com 10, e Javier Alderete fez o 3-1 final aos 89’.

No final, Abel Ferreira queixou-se de “três adversários”: o Bolívar, o árbitro e a altitude. E da Conmebol pelo caminho. “Estava no hotel e um hóspede estava a dizer como era possível vir jogar aqui com esta altitude. Não acham que é sofrimento a mais?”, questionou no final do encontro, sublinhando o facto da Conmebol só ter lançado o calendário da Libertadores há uma semana. “Tivemos de organizar a viagem aos pontapés”, explicou.