Nasser Al-Khelaifi, presidente do PSG, afirmou que a venda de ativos do Barcelona “não foi justa”. Numa entrevista ao “Politico”, o dirigente lembrou que “a UEFA tem os seus próprios regulamentos e de certeza que não vai ver tudo”. “É justo? Não, não é justo. É legal? Não tenho a certeza”, disse o chefe máximo do clube parisiense.
Al-Khelaifi referia-se às vendas que o Barça fez para equilibrar as contas e poder inscrever as contratações Lewandowski, Raphinha ou Koundé, cujo valor total supera os 150 milhões de euros. “Se eles [UEFA] o permitem, outros farão o mesmo”, alertou. Lembre-se que as relações entre parisienses e catalães são particularmente tensas desde que Neymar deixou Barcelona, mais do que com a chegada de Messi a Paris.
O presidente do PSG referiu-se também à Superliga, projeto liderado pelo Real Madrid e pelo Barcelona: “Tenho a certeza de que ninguém permitirá que a Superliga aconteça. Precisamos de pensar em todos, não apenas em nós próprios, portanto, devemos respeitar os nossos adeptos”. Curiosamente, o PSG foi multado recentemente em 65 milhões de euros pelo incumprimento do Fair-Play Financeiro, lembra o jornal “El País”.
O vice-presidente do Barcelona para a área da economia afirmou, na terça-feira, à “Rádio Catalunha”: “Sem que soe presunçoso, salvámos o Barça, mas ainda não estamos bem economicamente. Faz falta muita austeridade e rigor. Há muito trabalho para fazer”. O dirigente referiu ainda a possibilidade de Messi regressar a casa: “É uma decisão técnica e do jogador. Em qualquer caso, se voltasse, viria de graça, portanto é certo que poderia voltar”.
Eduard Romeu, em resposta indireta ao presidente do PSG, insiste que o clube converteu muito do dinheiro recuperado na remodelação e no rejuvenescimento do plantel, lembrando que ainda vigora a redução da massa salarial. “O Barça estará bem dentro de cinco anos”, referiu o dirigente. A ativação das chamadas “alavancas” foi fulcral para a apresentação de números recorde: 1.017 milhões de euros de faturação na última época. A 9 de outubro, tudo será explicado aos sócios do Barcelona, em assembleia.