O calendário de Fórmula 1 para 2023 foi anunciado e confirma o rumor de que será o campeonato mais longo da história da modalidade. Com um total de 24 corridas, o máximo permitido ao abrigo do atual acordo comercial com as equipas, o plano foi aprovado esta terça-feira numa reunião do conselho mundial do desporto automóvel da Federação Internacional do Automóvel (FIA).
O aumento do número de corridas, sendo que o calendário deste ano tem 22 datas (23 inicialmente, mas caiu o GP Rússia), é mais um passo no crescimento da modalidade que atrai cada vez mais adeptos em todo o mundo. Por outro lado, é um peso extra para todos os que trabalham nas equipas. Só no mês de julho, haverá quatro corridas, em dois double-headers (corridas em dois fins de semana seguidos). Algo que também não facilita o processo são as distâncias que todos terão que percorrer entre países, muitas vezes com pouco tempo de descanso.
A temporada começa no Bahrain a 5 de março e vai terminar em Abu Dhabi a 26 de novembro. As novidades Las Vegas e Catar estão confirmadas, as duas nos últimos meses da competição.
Confirmado está também, a partir desta terça-feira, a permanência do Grande Prémio do Mónaco até 2025. Ao longo deste ano surgiram várias notícias a dar conta da possibilidade de o circuito sair do calendário, mas não passaram de rumores. A corrida no principado fará parte do único triple-header do próximo ano, que conta com o GP de Emilia Romagna primeiro e termina em Espanha, o circuito mais próximo de Portugal, que continua fora das contas da Fórmula 1.
Como previsto, a corrida na África do Sul não foi incluída, mas a China regressou com uma data marcada para 16 de abril. No entanto, esse GP continua sujeito às restrições contra a covid-19 impostas no país. Caso tenha que ser novamente cancelada, talvez venha a ser substituída mais tarde.
O GP Bélgica, também considerado ameaçado, manteve o seu lugar a 30 de julho, mas a corrida em França já não teve a mesma sorte e perdeu um lugar entre as 24 escolhidas.
O que continua sem mudar, apesar de todas as críticas e oposição de grupos defensores dos direitos humanos, adeptos e até alguns pilotos, é a presença de lugares como a Arábia Saudita, onde esses mesmos direitos são negados a muitas pessoas.
Stefano Domenicali, diretor executivo da Fórmula 1, mostrou-se positivo em relação ao aumento do número de corridas no calendário: "A Fórmula 1 tem uma procura sem precedentes para receber corridas e é importante que consigamos o equilíbrio certo para todo o desporto. Estamos muito satisfeitos com a forte procura que a F1 continua a viver".
Ao longo da temporada, Christian Horner, chefe de equipa da Red Bull, já tinha comentado este número, que considerou "mesmo no limite" do que poderia ser pedido às equipas.