A 29 de julho de 2021, Serena Williams defrontou a bielorrussa Aliaksandra Sasnovich, na primeira ronda do torneio de Wimbledon. Quando apenas três jogos de serviço tinham sido disputados, uma lesão levou ao abandono, entre lágrimas, da norte-americana, e a uma consequente paragem prolongada.
Serena não mais jogou em 2021. Em 2022, o regresso deu-se na variante de pares, jogando dois encontros ao lado da tunisina Ons Jabeur, em Eastbourne, na semana passada. Agora, um ano depois da lesão, Serena está de volta ao circuito de singulares. E novamente em Wimbledon, onde venceu em sete ocasiões (2002, 2003, 2009, 2010, 2012, 2015 e 2016).
Serena Williams, em lágrimas depois de se retirar por lesão de Wimbledon, em 2021
Adam Davy - PA Images/Getty
Atual 1204.º do ranking mundial, Serena está em Wimbledon graças a um wild card dado pela organização do torneio britânico. A edição de 2022 do major de Londres tem uma novidade: para impedir lesões como a de Serena no ano passado, a organização permitiu, pela primeira vez, que os jogadores treinassem no mítico Centre Court, que este ano cumpre 100 anos.
A tenista diz-se "muito contente" por ter pisado a relva antes do arranque da competição, o que foi "bom psicologicamente", já que os seus "últimos momentos lá não tinham sido bons", em referência à lesão que sofreu. Serena Williams estrear-se-á em Wimbledon 2022 no dia 28, frente à francesa Harmony Tan (113 da hierarquia).
“Não sei durante quanto mais tempo jogarei, mas agora estou aqui e não me retirei”, comentou a jogadora, de 40 anos, em conferência de imprensa, garantindo que precisava de se "curar física e mentalmente", não "sabendo quando" regressaria aos courts.
Com 23 títulos do Grand Slam no seu palmarés, vencer em Wimbledon significaria mais um marco histórico na brilhante carreira de Serena Williams. Se chegassem a um 24.º major, a norte-americana igualaria a marca da australiana Margaret Court, recordista de triunfos nos quatro principais torneios da modalidade, somando provas femininas e masculinas.