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Sancionado pelo Reino Unido, Abramovich está impedido de vender o Chelsea. Clube inglês com “licença especial” para operar

Sancionado pelo Reino Unido, Abramovich está impedido de vender o Chelsea. Clube inglês com “licença especial” para operar

“Não pode haver um porto de abrigo para quem apoiou Putin na invasão da Ucrânia”, disse Boris Johnson, justificando a ação contra sete oligarcas próximos do presidente russo. Entre eles está Abramovich, que está agora impedido de vender o Chelsea, que poderá continuar a operar, mas com limitações

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O Governo britânico decidiu congelar os bens a sete empresários russos que operam no Reino Unido. Entre eles, como seria de esperar, está o dono do Chelsea, Roman Abramovich, que tem tentado desfazer-se das suas propriedades em Inglaterra e do próprio clube londrino. Contudo, por estar agora sob sanções, Abramovich está impedido de vender o clube, que colocou no mercado na última semana.

No momento de anunciar as medidas, o primeiro-ministro Boris Johnson declarou: “Não pode haver um porto de abrigo para quem apoiou Putin na invasão da Ucrânia”, ligando explicitamente os oligarcas à guerra em território ucraniano. “As sanções de hoje [quinta-feira] são o último passo no apoio firme do Reino Unido ao povo ucraniano. Seremos implacáveis a perseguir aqueles que permitem a morte de civis, a destruição de hospitais e a ocupação de território soberano e aliado”, pode ler-se no “The Guardian”.

As sanções deixam o Chelsea numa situação complexa. A responsável pela pasta da Cultura, Nadine Dorries, especificou numa mensagem no Twitter que foi emitida “uma licença especial” que vai permitir ao clube de Londres continuar a operar, mas com limitações. O Chelsea poderá organizar jogos, pagar ordenados aos funcionários e validar bilhetes de época – bilhetes unitários para jogos não poderão ser vendidos. O clube não poderá também vender ou comprar jogadores ou até vender merchandising.

Nadine Dorries sublinhou ainda que a prioridade do governo britânico “é deter aqueles que têm apoiado o regime de Putin”, sem prejudicar o clube.

“As nossas sanções têm obviamente um impacto direto no Chelsea e nos seus adeptos. Temos vindo a trabalhar afincadamente para assegurar que o clube e o futebol não sejam desnecessariamente prejudicados por estas importantes sanções”.

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