Atrair para libertar espaços - e golos
A seleção não criou o engodo necessário de modo a que a Hungria viesse pressionar dentro para, depois, conseguir potenciar o seu jogo em zonas laterais. Na sua análise ao Hungria-Portugal, o treinador João Nuno Fonseca explica que William e Danilo podiam "ter fixado mais na zona central de forma alternada", para atraírem atenção e, consequentemente, "tirar densidade das zonas laterais, onde temos uma enorme qualidade em decidir"
16.06.2021 às 8h30

ATTILA KISBENEDEK/Getty
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A realidade é que temos qualidade… muita qualidade na nossa Seleção Nacional. Serão poucos os treinadores que se adaptam ao que têm à disposição, acabam por fazer praticamente sempre o que sentem ser melhor para o momento/jogo. Fernando Santos não foge a “essa regra” e procurou organizar aquilo que são as características dos nossos jogadores, para que todos juntos criassem o melhor tipo de dinâmicas.
Tivemos mais momentos de posse de bola que a Hungria, que montou uma estratégia mais defensiva num bloco médio-baixo.
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