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UEFA Euro 2024

O milagre competitivo da Eslovénia, o pequeno país que “tem o desporto inscrito no ADN” ao ponto de até lhe dedicar um feriado nacional

Luka Dončić a festejar o título europeu de basquetebol de 2017
Luka Dončić a festejar o título europeu de basquetebol de 2017
NurPhoto/Getty
Com apenas 2,1 milhões de habitantes, a Eslovénia deu ao mundo estrelas como Luka Dončić ou Tadej Pogačar, além de vários campeões olímpicos de verão e inverno. Esta quinta-feira, dia em que volta a jogar no Europeu (contra a Sérvia, às 14h, Sport TV1), à Tribuna Expresso, o diretor-geral de desporto do ministério da economia, turismo e desporto explica as razões do êxito num país em que 70% da população pratica atividade física regular
O milagre competitivo da Eslovénia, o pequeno país que “tem o desporto inscrito no ADN” ao ponto de até lhe dedicar um feriado nacional

Pedro Barata

Jornalista

Na Eslovénia habitam, segundo os registos oficiais, 2,1 milhões de pessoas. Entre os 27 da União Europeu, é apenas o 22.º país com mais habitantes, somente à frente de Letónia, Estónia, Chipre, Luxemburgo e Malta.

No entanto, o jovem país, independente desde 1991, está habituado a ter a sua bandeira nos grandes palcos do desporto. Ela é carregada por Luka Dončić, craque da NBA, que acabou de perder a final da competição para os Boston Celtics de Neemias Queta; por Tadej Pogačar, fenómeno do ciclismo, bicampeão do Tour, recém-vencedor do Giro e de mais uma catrefada de coisas, e por Primož Roglič, tricampeão da Vuelta e triunfador no Giro em 2023; por Benjamin Savšek, campeão olímpico na canoagem slalom, ou por Janja Garnbret, também medalhada de ouro em Tóquio, mas na escalada.

E há ainda os desportos de inverno: Urša Bogataj é campeã olímpica de saltos de esqui, Ilka Štuhec pendurou ao peito o ouro mundial em esqui alpino, no downhill.

Nos Jogos de Tóquio, no rácio habitantes/medalhas, a Eslovénia, com três ouros, uma prata e um bronze, foi o sexto melhor país. Se excluirmos San Marino, as Bermudas e as Bahamas, territórios com menos de 450 mil pessoas que ganham logo uma excelente relação habitantes/medalhas a cada pódio que obtêm, só dois países melhoraram os eslovenos: a Jamaica, potência no atletismo, onde foi buscar nove medalhas, e a Nova Zelândia, outra nação com uma enorme tradição desportiva, capaz de subir 20 vezes ao pódio com uma população pouco superior a 5 milhões.

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