Exclusivo

Entrevistas Tribuna

Jonathan Soriano, o goleador de Schmidt em Salzburgo que superou Ronaldo e Messi e se “riu muito” com Jesus na Arábia Saudita

Jonathan Soriano, o goleador de Schmidt em Salzburgo que superou Ronaldo e Messi e se “riu muito” com Jesus na Arábia Saudita
Mitchell Gunn/Getty
Em entrevista à Tribuna Expresso, o melhor marcador da história do adversário do Benfica esta quarta-feira (20h, Eleven Sports) recorda os tempos em que Roger Schmidt revolucionou o clube austríaco, abrindo caminho para a hegemonia que o Salzburg detém atualmente a nível interno. O espanhol, que se estreou no Barcelona de Guardiola e recomenda que não se vejam vídeos de Messi com o intuito de aprender, relata ainda episódios com o portunhol de Jorge Jesus no Médio Oriente
Jonathan Soriano, o goleador de Schmidt em Salzburgo que superou Ronaldo e Messi e se “riu muito” com Jesus na Arábia Saudita

Pedro Barata

Jornalista

Em Salzburgo, Jonathan Soriano foi Erling Haaland antes de Erling Haaland. Ou melhor, Haaland foi Soriano depois de Soriano.

Previamente a um norueguês com corpo robótico e obsessão pela baliza marcar 29 vezes em 27 encontros pelo RB Salzburg, saltando para o Borussia Dortmund em seguida, um catalão que chegou a jogar no Barcelona de Messi e Guardiola colocou a fasquia num patamar ainda hoje inalcançável no próximo adversário do Benfica. Foram 170 golos em 201 jogos, tornando-o no melhor marcador da história dos austríacos, que ajudou a consolidar como força hegemónica do país centro-europeu, vencendo cinco ligas e quatro taças.

Depois de se destacar no Barcelona B ao lado de Nolito, Oriol Romeu, Thiago e Rafinha Alcântara ou Sergi Roberto, este avançado chamado Jonathan Soriano rumou, em janeiro de 2012, à Áustria, atraído “por um projeto em linha ascendente” que fez uma “aposta pessoal” no dianteiro espanhol. A Red Bull comprara o clube em 2005, mas o campeonato ainda não era um passeio. Quando o catalão chegou, o clube de Salzburgo tinha vencido três das seis ligas disputadas desde a mudança de donos.

Naquele inverno de 2012, o RB Salzburg era ainda “um clube muito austríaco”, comenta Soriano em conversas com a Tribuna Expresso, sem a filosofia que depois o caracterizaria. O catalão sabe apontar “o momento exato” em que “se deu uma revolução”. Foi no verão de 2012, quando Ralf Rangnick chega para diretor e Roger Schmidt para treinador.

Aquela dupla alemã transformou o RB Salzurg no que é hoje: um emblema de vanguarda, uma máquina de pressionar e asfixiar adversários, independentemente das mudanças no banco e no relvado; um clube com uma prospeção e recrutamento de topo, capaz de farejar talento no Extremo Oriente ou em África e vendê-lo aos melhores clubes do mundo; e, claro, o dominador do futebol austríaco que já vai em 10 títulos consecutivos.

Juntamente com Rangnick e Schmidt chegaram, no verão de 2012, Sadio Mané, Kevin Kampl ou Valon Berisha. Seguir-se-iam Naby Keita, Takumi Minamino, Marcel Sabitzer, Dayot Upamecano, Patson Daka, Erling Haaland ou Dominik Szoboszlai, tudo gente que viria a jogar no Liverpool, no Borussia Dortmund ou no Bayern Munique.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem alguma questão? Envie um email ao jornalista: tribuna@expresso.impresa.pt