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Um ano depois da covid-19, Nuno Borges regressa à Austrália: “2022 foi exigente emocionalmente, desgasta estar sempre a viver coisas novas”

Há 12 meses, o tenista não participou na qualificação do que seria o primeiro torneio do Grand Slam da carreira após testar positivo ao vírus. Agora, entra diretamente no quadro principal do happy slam, que fecha um “ciclo de crescimento”. O n.º 2 nacional reflete sobre os desafios mentais da modalidade, em que é preciso “aprender a jogar quando a cabeça não está lá” e confessa que tinha “uma ideia pré-concebida diferente” sobre a vida na elite, o que o deixou “confuso”

Pedro Barata

Al Bello/Getty

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Nuno Borges não vive com pressa. Aos 18 anos, quando não se sentiu pronto para entrar no mundo do ténis profissional, fez as malas e foi para os Estados Unidos da América estudar na Universidade do Mississipi e competir no circuito universitário, optando pela estrada mais longa em direção ao circuito ATP. Em 2023, quase oito anos depois da decisão de cruzar o oceano, continua com um discurso que evidencia calma, ponderação, pensamento antes de agir.

Do outro lado de uma chamada telefónica que liga Lisboa a Melbourne, o tenista que nasceu na Maia há 25 anos prepara-se para disputar o Open da Austrália, o primeiro major da carreira para o qual entra diretamente no quadro principal. Vem de dois anos em que ascendeu vertiginosamente no mundo da bola amarela: entrou em 2021 como 399.º do ranking e, em setembro de 2022, estreou-se entre os 100 primeiros (agora é 112.º). Arrancou 2022 garantindo, pela primeira vez, presença na qualificação de um torneio do Grand Slam e, 12 meses depois, tem acesso à grelha dos melhores sem necessidade de superar qualquer eliminatória prévia.

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