Agora que o Benfica se parece virar, sem pudores, para a Liga Europa que lhe pode dar uma alegria, lá vem a conversa da maldição de Guttman, os atacadores de Estugarda, os penáltis do Sevilha, o minuto 92 contra o Chelsea. Há 10 anos que os encarnados não chegam a uma meia-final europeia, mas Bruno Vieira Amaral acha que nem assim, ou pondo fim a uma seca europeia que assume contornos de bruxaria, Roger Schmidt poderia ser consensual no clube
Os adeptos do Benfica fecharam a porta à continuidade de Roger Schmidt. Fazem-no a cada jogo, a cada onda de assobios e vaias. Nem sequer se dão ao trabalho de acenar com lenços brancos. Bastam os apupos que, nesta estranha relação conjugal, servem de trancas à porta. Mas ainda há uma maneira de Schmidt pôr o pé na porta e impedir que ela se feche para sempre. Isto se também ele estiver disposto a aturar as idiossincrasias benfiquistas que, segundo o próprio, Luisão e Javi García lhe têm explicado pacientemente. O treinador alemão aterrou em Lisboa com a célebre frase de quem ama o futebol, ama o Benfica, mas só agora percebe que quem é rápido no amor também é rápido no ódio.
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