Pedro Boucherie Mendes traz-nos um olhar nostálgico aos tempos em que a Fórmula 1 era coisa de televisão aberta, mas lembra que esta era, uma era em que Max Verstappen e Lewis Hamilton partem empatados para a última corrida do ano, é "mais complexa, mais técnica, mais estratégica, mais apaixonante, mais empolgante, conseguindo ser mais segura"
"Na última década, a Fórmula 1 mudou tanto que os carros de hoje pouco têm em comum com os de há dez anos, quanto mais os de há 20", explica Pedro Boucherie Mendes, no dia em que Lewis Hamilton se sagrou campeão mundial pela sétima vez, alcançando assim Michael Schumacher
"Vítima da injustiça que a banalização da vitória acarreta - e que também foi associada a Schumacher e à Ferrari durante o domínio na era anterior – Lewis não só não é 'Sir' como não tem ainda contrato para a próxima época", escreve, incrédulo, Pedro Boucherie Mendes
Esta quarta-feira arrancam os primeiros de pré-época do Mundial de Fórmula 1, fase em que, nos últimos anos, a Ferrari surge imbatível para depois perder a liderança quando o campeonato realmente começa
No ano em que se completaram mil grandes prémios, a série "Drive To Survive" da Netflix fez chegar finalmente as corridas às novas gerações. Esta é uma crónica de Pedro Boucherie Mendes que começa com uma visita a Imola, um lugar simbólico para a F1 - e onde a foto que acompanha o texto foi tirada, em 1986
A questão deixou de ser uma contenda. A seriedade da instituição foi seriamente abalada. Não é tempo de debater atenuantes, mas de assumir que o que há para assumir. Temos de ser nós a dar o exemplo. Não somos nada se não formos sérios. Nunca seremos vencedores se não soubermos perder
Reconhecendo que Bruno de Carvalho “exagerou e muitas vezes foi vulgar na linguagem”, Pedro Boucherie Mendes defende que “ninguém como ele lutou pelo clube”. E, dizendo que em Portugal “quem sai da norma é detetado e identificado para ser abatido”, afirma que o Presidente do Sporting o foi por um único motivo: não ter sido campeão num clube que venceu dois campeonatos em 35 anos e não se consolar com essa ideia, contagiando milhões de outros sportinguistas e hostilizando os poderes instalados