Quando terminou a época 2013/14, quais eram as suas expectativas?
Foram seis meses em que praticamente não joguei e fui-me um bocado abaixo. Acabei por chatear-me com o empresário porque houve muita mentira, muitas conversas por trás que vim a saber, ele continuava a dizer “tenho isto, tenho aquilo, vais para aqui, vais para ali...” Como já tinha passado por isso, cortei relações com ele. Entretanto, surgiu o interesse do Belenenses.
Através de quem?
Do presidente. Ele passava férias em Alvor e encontrou-se lá com o meu pai. Chegámos rapidamente a acordo. Era algo que eu queria, a I Liga em Portugal num clube com condições.
Como foi recebido?
Apanhei um grupo muito bom, onde me integrei muito bem. Fizemos das melhores épocas do Belenenses, apurámos para a Liga Europa.
Uma época em que foi treinado por Lito Vidigal, que já conhecia do Portimonense, e Jorge Simão. Que tal Jorge Simão?
Ele tinha acabado de vir com pouca experiência ainda do Mafra, mas correu bem para o lado dele e para a equipa. Era diferente do Lito Vidigal, que gostava dos treinos mais físicos, muito intensos, muita corrida; o Jorge Simão dava mais importância à bola, mais posse de bola. Quando ele chegou, tivemos jogos difíceis e o 6.º lugar só ficou decidido na última jornada.

Fabio (à direita), chegou ao Belenenses na época 2014/15
JOSE MANUEL RIBEIRO
Que histórias tem para nos contar do Belenenses?
Algumas. Foi dos melhores grupos que apanhei. Lembro-me que uma vez o Fredy apareceu com um casaco que parecia o casaco vermelho do Michael Jackson e, a meio do treino, eu disse ao Abel [Camará], “temos de fazer alguma coisa com aquele casaco”. Saímos um bocadinho antes do treino terminar, o Fredy ainda ficou a alongar, fomos a correr, pegámos no casaco e pendurámos num cabide, no meio do balneário, junto ao teto. Quando o Fredy chegou ao balneário e viu o casaco pendurado, ficou numa azia das grandes [risos].
Mais alguma?
Lembro-me de uma no ano seguinte com o Carlos Martins, com quem me dava bem. Ele na altura já estava ligado ao imobiliário e à construção e no aniversário dele ofereci-lhe um capacete das obras, mais algumas ferramentas. A equipa obrigou-o a usar aquilo no balneário, foi engraçado.
Fale-nos um pouco da sua segunda época no Belenenses.
Chegou Sá Pinto como treinador. Começou bem, apurámos para a fase de grupos da Liga Europa. Ele tem o seu feitio especial, que toda a gente sabe. Fervia em pouca água, não tanto com o grupo, mas com as arbitragens ou com jogadores das outras equipas. Quando as coisas não corriam como ele queria, ou se vínhamos de uma derrota, o ambiente já não era o mesmo. Lembro-me de um episódio muito engraçado com ele.
Conte.
Tivemos um jogo fora, na Académica. Estávamos de estágio e quando vamos a caminho do jogo, o nosso autocarro é ultrapassado pelo da Académica. Quando o Sá Pinto viu, levantou-se, irritado: “Mas que merda é esta? Já estamos a perder 1-0” [risos]. Virou-se para o motorista: “Ultrapassa já esses gajos. Já estamos a perder 1-0. Isto assim não é nada”. O motorista, sabendo como o Sá Pinto é, e nervoso como ele estava, arrancou e conseguimos chegar primeiro ao estádio [risos].
O jogador entre a mãe (à direita) e a irmã
D.R.
Sá Pinto, que não ficou até ao final da temporada, foi substituído por Júlio Velázquez.
Sim, porque em termos de campeonato não estava a correr muito bem, as coisas andavam tremidas quando veio o espanhol. Gostei dele. Implementou o método espanhol do tiki-taka, um, dois toques, dava muito valor à equipa, ter posse de bola e a sair a jogar. No início ainda estive sem jogar, mas chegou a minha oportunidade para a Taça da Liga, contra o Rio Ave, como lateral esquerdo. Era a minha oportunidade de ficar, ser emprestado ou rescindir. Ele meteu-me como lateral, dei a vida e as coisas correram bem. A partir daí comecei a jogar como titular a lateral esquerdo.
Sente-se confortável nessa posição ou tem saudades de jogar como extremo?
Acabei por me sentir confortável, até porque a meio do percurso dele mudou o sistema para três centrais, isso fez com que eu passasse para ala, o que me agradou muito porque eu gostava de ter bola, era rápido, gostava do um para um e ele dava muita liberdade aos alas; era mais fácil para mim porque eu vinha de trás. Foi um sistema a que me adaptei muito bem. Penso até que foi a fase em que joguei mais pelo Belenenses.
Por que não continuou no Belenenses e foi para o CD Tondela?
No final da época ele fez mexidas no plantel, falou comigo, percebi que não fazia parte das primeiras escolhas dele e resolvi sair. Rescindi com o Belenenses e fui para Tondela.
Assinou quanto tempo?
Dois anos.
Foi viver para Tondela sozinho?
Não, já tinha uma namorada, a Inês, que foi comigo. Conheci-a através do Rúben Pinto. Em Lisboa ela já ficava comigo ocasionalmente.
Esteve apenas seis meses no CD Tondela. Por quê?
Não jogava muito com o Petit e em dezembro voltou a haver interesse do Belenenses. O presidente sempre gostou muito de mim e falou com o treinador do Belenenses na altura, o Quim Machado. Como não era opção no Tondela decidi regressar a uma casa que já conhecia.
Gostou de Quim Machado?
Sim, uma pessoa simples, muito tranquila. Fiz alguns jogos com ele. Depois veio o Domingos Paciência, com quem terminamos a época. Eu tinha contrato para a época seguinte, mas ele decidiu que não fazia contas comigo. Ainda estive a treinar à parte com mais dois ou três jogadores até resolver a minha vida. Andava a ver se arranjava clube, através do empresário Tiago Ribeiro, irmão do Nuno Gomes. Entretanto, surgiu outro empresário com uma proposta da Grécia. Rescindi com o Belenenses mais uma vez e lá fui a caminho da Grécia. Mais uma experiência.
Fabio saiu do Belenenses para o CD Tondela, mas regressou ao cube de Belém
D.R.
Para o Kerkyra, em Corfu. Jogou pouco. Porquê?
Correu muito bem no início, em seis ou sete jogos fiz três golos e depois tive um grande problema nos adutores. Como comecei muito bem, ganhei alguma moral na equipa e quando surgiu o problema nos adutores, quiseram que eu voltasse cedo demais a jogar, não foi bem gerido, não foi bem tratado, então inflamava na esquerda, passava para a direita. Queria jogar e não conseguia. Cheguei a um ponto em que as dores eram tantas que já me custava andar. Houve algumas mentiras ao nível de resultados de exames.
Explique melhor o que quer dizer.
Fui fazer a ressonância e em vez de dizerem-me que a lesão obrigava a parar quatro semanas, diziam para parar duas, eu tentava voltar e não saía daquilo. Foi uma bola de neve, estávamos para descer de divisão, havia alguns problemas e queriam que eu voltasse a jogar, mas eu já não conseguia tal eram as dores. Depois começaram a deixar de pagar e a dizer que era eu que não queria jogar. Muitas vezes ligava a médicos que conhecia em Portugal e eles já não sabiam o que haviam de dizer-me porque eu estava num estado em que se acumulou muita coisa nos meus adutores. Quando deixaram de me pagar, falei com um advogado grego, indicado pelo Jordão Diogo, com quem joguei lá. Ajudou-me, peguei nas minhas coisas e vim embora.
Pagaram tudo?
Correu tudo bem ao nível da FIFA e pagaram tudo o que tinha para receber. Em Portugal, fiquei em Lisboa com um fisioterapeuta para tentar recuperar, até que fui para o Farense, que sabia do problema. Quiseram assinar na mesma, embora eu não estivesse a 100% ainda.

Após uma breve passagem pela Grécia, Fábio voltou a Portugal para jogar no Farense
Gualter Fatia
Vai para o Farense que estava na II Liga, não estava bem fisicamente, voltou a ver a sua carreira a andar para trás?
Eu não conseguia correr já, foi uma sorte o Farense dar-me a mão, aceitar um jogador assim. A minha ideia era voltar para perto de casa porque tanto a nível físico, como psicológico, estava muito em baixo. Foi um ano muito complicado na Grécia. Tive de dar um passo atrás para no futuro poder dar dois à frente. Aos poucos fui recuperando, comecei a treinar e recuperei do problema nos adutores.
Ainda jogou nessa época 2018/19?
Sim. Estive seis ou sete meses com o Rui Duarte e depois veio o Álvaro Magalhães. O Rui Duarte com métodos mais atuais e o Álvaro foi um voltar ao passado, muita correria, muito treino físico e começámos a cair, penso que só nos safámos na última jornada. A idade e mentalidade são outras. Na época seguinte, mudaram de treinador, veio o Sérgio Vieira, como ele contava comigo, renovei.
Gostou de trabalhar com Sérgio Vieira?
Foi dos treinadores com quem mais aprendi. Preocupa-se com o lado pessoal do jogador, ajudou-me sempre, taticamente também. Com ele jogava como extremo.
Como passou pelo período crítico da pandemia?
Hoje, quando falo com certos jogadores que tiveram o azar de estar no estrangeiro e sozinhos, penso que graças a Deus eu estava em casa, vivia com os meus pais e a minha irmã e sobrinhos também estavam próximos. Mas claro que ninguém gosta de estar fechado em casa. Começámos por treinar em casa, o Farense disponibilizou uma bicicleta e um preparador físico. Foi uma fase complicada porque não sabíamos se o campeonato recomeçaria ou não. Ainda voltámos aos treinos no estádio, mas eram individuais e nesse ano não jogámos mais. Subimos de divisão porque estávamos em 2.º lugar quando o campeonato parou. Nem pudemos festejar como deve ser.
Sentiu que a II Liga era muito diferente da I?
Um bocado. Mais competitiva porque as equipas são mais similares, anulam-se muito umas às outras, há muita qualidade. Na I Liga são quatro os clubes a lutar pelo campeonato e depois há uma ou outra equipa que se destaca e, de resto, é ela por ela.

O lateral algarvio este no Farense de 2018 a 2021
Gualter Fatia
Na época 2020/21 ainda começaram com Sérgio Vieira, na I Liga. A meio da época acabou por sair devido aos maus resultados e veio Jorge Costa. Como é ele como treinador?
Posso dizer que pode juntar-se ao feitio do Sá Pinto e do Sérgio Conceição [risos]. A mentalidade é a mesma. No início joguei com ele, mas para o final deixei de jogar.
Porquê?
Algumas coisas mais pessoais que não vale a pena falar. Eu já tinha 28 anos, já não era nenhuma criança e o jogador de futebol entende os sinais. Respeitei, chegava sempre antes do treino, fazia o meu trabalho de ginásio, treinava, fui sempre profissional.
Houve algum episódio, algum bate boca entre os dois?
Não. Sempre respeitei as opções dele. Não sei se foi algum treino ou algum jogo menos bom, sinceramente, não sei.
Nunca lhe perguntou?
Não. Cada treinador tem a sua ideia, a sua maneira de jogar, as suas opções, cabe-me a mim treinar, fazer o meu trabalho.

Com a mãe e o filho, Mateo
D.R.
Tinha contrato com o Farense até final da época. O que aconteceu quando o campeonato terminou?
Tive proposta do Farense, mas como sabia que o Jorge Costa ia continuar no clube e sabia que não era opção para ele, não fazia nenhum sentido continuar. Foi um desgosto, a maneira como saí do Farense, porque foram três anos ótimos, tenho lá muitos amigos, ainda hoje quando vou lá sou sempre bem recebido.
Explique melhor o que quer dizer com “a maneira como saí”?
Tanto o presidente como os diretores queriam a minha continuidade, eu queria continuar porque me sentia em casa, houve conversas para isso, mas a permanência do Jorge… Foi minha opção não continuar.
Ele manifestou-se contra?
A manifestação dele foi que nos últimos dez jogos, joguei cinco ou seis minutos.
Nunca percebeu o que aconteceu?
Não. Foi de uma semana para a outra. Nem penso muito sobre isso. Aprendi no futebol que o que tem de ser tem muita força. Uma coisa nunca deixei de fazer, de trabalhar, trabalhei sempre.
Em 2021/22, Fábio Nunes foi jogar para o Widzew, da Polónia
D.R.
E histórias para contar dos tempos no Farense, não tem?
Houve uma altura em que nos equipávamos no estádio, mas tínhamos de ir, no autocarro do clube, treinar a S. Brás. Uma manhã, fomos equipar e deu-me na cabeça sair do balneário primeiro do que alguns e trancar a porta, com eles lá dentro [risos]. A caminho do autocarro comecei a ouvi-los a bater na porta. Cheguei ao autocarro, sentei-me. Chegou à hora, mais ninguém aparecia e o treinador perguntou aos seis ou sete que estavam no autocarro o que se passava. Dizíamos que não sabíamos. Passou dois ou três minutos e nada. O treinador às tantas vai ao balneário, vê que a porta está trancada e estão eles lá dentro todos aos berros, numa azia. Tudo a perguntar quem tinha feito aquilo e nada [risos]. O treinador acabou por nos multar a todos.
Viveu esses três anos sempre em casa dos pais?
Sim. Graças a Deus é um sítio onde me sinto muito bem. Até hoje, quando vou de férias, é para a casa dos meus pais que vou.
Ainda tinha Tiago Ribeiro como empresário?
Não, já estava com o Afzal, da Idoloásis. Foi ele que me conseguiu o Widzew, da Polónia.
Fábio renovou contrato com o Widzew até 2025
D.R.
Qual foi a sua reação quando lhe falou da Polónia?
Sinceramente, com os jogos que fiz na I Liga e com a qualidade que foi, esperava outras oportunidades. Mas o tempo foi passando, o junho, o julho, não havia nada a chegar e no final de julho a única coisa concreta que tive foi aqui, na Polónia, num clube que estava na II divisão. Confesso que torci um bocado o nariz, foi mesmo por não querer esperar mais que resolvi aceitar, não me estava imaginar ficar sem jogar até janeiro. Ia ser pior. Tive de fazer a mala novamente. Mais um desafio.
Foi sozinho para a Polónia?
Sim.
Como foi o primeiro impacto?
Foi um choque, porque a qualidade da liga não era muita, mas o clube surpreendeu-me ao nível de adeptos, estádio e condições, muito bom. Agora a liga e o futebol não eram o que estava à espera, nem o que queria, foi um bocado desmotivante, entre aspas. Mas conseguimos subir de divisão.
Como os polacos o receberam?
Não foi a melhor receção. Como muita gente sabe, são muito fechados, frios, não são muito acolhedores, não se preocupam com quem chega. Mas posso dizer que, hoje, vai fazer dois anos que estou aqui e sinto-me completamente adaptado e bem no clube. A equipa técnica é a mesma desde que cheguei, assim como muitos dos jogadores e por isso esta época, em dezembro, renovei até 2025. A época passada correu muito bem, joguei muito e subimos de divisão.
Não lhe custa estar sozinho?
A adaptação custou muito, devido a estar já há três anos em casa com a família e ter sido pai entretanto. De um momento para o outro ter de deixar tudo, custou muito.
Foi pai quando?
Fui pai do Mateo, em outubro de 2019, quando estava no Farense, assisti ao parto, mas já não estou com a mãe dele. Estive sempre muito próximo dele, por isso quando tive de separar-me foi dos piores momentos da minha vida. Foi por isso que a adaptação também custou mais. Ainda hoje custa-me muito estar longe dele. Vamos matando as saudades por videochamada e sempre que é possível ele vem cá com os meus pais ou vou eu a Portugal. No máximo fico dois meses sem estar com ele, mas raramente chega a isso.

Com o filho, Mateo
D.R.
A I Liga polaca é muito diferente da II?
Sim, a qualidade já é outra, é muito mais profissional, ao nível de campos e de estádios é tudo muito bom. Em casa o ambiente é ótimo, estão sempre à volta de 18.000 pessoas.
Como são os adeptos polacos?
Amam o futebol. Falo pelos meus. Sempre casa cheia e a apoiar durante os 90 minutos. Na rua, querem sempre uma foto, um autógrafo, são muito atenciosos e carinhosos.
Ganha-se melhor aí do que em Portugal?
Falando por mim, sim.
A sua perspetiva é cumprir o contrato ou procurar algo melhor no final desta época?
Agora estou muito focado no clube, estou feliz aqui, estou adaptado à cidade, por isso a minha perspetiva é continuar, a não ser que apareça algo muito melhor a nível financeiro.
Como está a correr esta época?
Esta época tem sido muito complicada para mim. Comecei muito bem nos primeiros oito, nove jogos, mas acabei por ser operado ao tornozelo porque rompi os tendões. A renovação até aconteceu após a cirurgia. Mesmo sem treinar e sem jogar, houve da parte do clube uma demonstração muito grande de confiança em mim porque quiseram renovar. Recuperei dessa lesão, regressei em janeiro, fiz dois, três jogos e rasguei-me no adutor; agora estou em fase de recuperação.
Já pensou no que quer fazer quando tiver de pendurar as chuteiras?
Tenho algumas coisas em mente como tirar o curso de Personal Trainer, gosto do ambiente de ginásio.
Tem alguma meta para deixar de jogar?
Gosto muito do que faço, dou-me muito feliz por ser profissional de futebol, por isso vou continuar até o corpo deixar.
Fábio festejou na época passada a subida de divisão do Widzew, da Polónia
D.R.
Onde ganhou mais dinheiro até hoje?
Em Inglaterra.
Deu para investir?
Investi em imobiliário.
A maior extravagância que fez na vida?
O carro, um Audi A5. Podia ter comprado um mais barato.
Tem algum hobby?
Quando estou de férias adoro fazer praia. Juntar-me com amigos e fazer uma futebolada. De resto, não tenho mais nada. Passo muito tempo com a minha família, dou muito valor à minha família.
Segue ou pratica outro desporto além do futebol?
Não.
Qual foi a primeira tatuagem que fez e quantos anos tinha?
Foi aos 18 anos, quando estava no Porto. É o nome dos meus pais e da minha irmã. De lá para cá já fiz muitas. Tenho o nome do meu filho, a data de nascimento, o peso dele.
É um homem de fé?
Tenho o meu pensamento. Não sou de ir à igreja, acredito à minha maneira.
Superstições, tem?
Nem por isso.
Qual a sua mais-valia enquanto jogador?
O um para um.
O adversário mais difícil que apanhou pela frente?
O Maxi Pereira.
A maior frustração que tem na carreira?
Os momentos das lesões. Penso que foram um obstáculo grande na carreira.
Arrependimentos?
Não.

Com o filho ao colo e os sobrinhos
D.R.
As maiores amizades que fez no futebol?
Em todos os grupos por que passei deixei amigos com quem ainda falo hoje. Não vou dizer um ou dois específicos, porque não posso dizer que tenho um grande amigo do futebol, mas fiz algumas amizades.
O momento mais difícil e triste da sua vida?
Quando deixei o meu filho para vir para a Polónia.
Tem ou teve alguma alcunha?
Algumas pessoas ainda me chamam Fabinho.
E o momento mais feliz da carreira?
Estrear-me na I Liga pelo Farense, ir à Liga Europa pelo Belenenses, esta subida de divisão aqui na Polónia.
Tem algum talento escondido?
Atrevo-me a dizer na cozinha. Gosto de cozinhar.
Alguma regra do futebol que, se pudesse, alterava?
Não. Está cada vez mais evoluído.
Se pudesse escolher, qual o clube de sonho onde gostava de jogar?
No Real Madrid, é o melhor clube do mundo, por onde passaram todas as estrelas, incluindo o meu ídolo, o Cristiano Ronaldo.
Se não fosse jogador de futebol o que teria sido?
Se calhar ficava com o curso de eletricidade, que fiz para ter equivalência ao 10.º e 11.º ano. Quem sabe, continuava.