Uma das frases que mais me marcou de Rúben Amorim, na chegada ao Sporting de Braga, foi: “quero ter uma equipa fácil de identificar, mas difícil de travar”. E se há coisa da qual o treinador do Sporting se pode orgulhar é o de ter cumprido com esse propósito. O campeão nacional é uma equipa difícil de travar e tem uma marca vincada que apresenta em quase todos os jogos. A sua maior força tem sido, porém, a causa dos seus problemas. Ou melhor, tem contribuído para o problema em ataque posicional, quando os jogadores que atuam nos corredores laterais não têm capacidade para acrescentar o que não está no modelo de jogo.
De forma simples, e para lá dos movimentos individuais (ações de 1x1, e tabelas), o Sporting quer entrar na área de três formas: colocando a bola no espaço entre os defesas e o guarda-redes adversário; aproveitando contra-movimentos para cruzar (a subida da linha defensiva ou basculação rápida); colocando um jogador a receber nas costas do lateral, já dentro da área.