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“Investir passa, primeiro, por acreditar”: Portugal sai do Euro com “sabor amargo”, entre apelos e olhares para o futuro

A goleada contra a Suécia deixou a seleção "triste" e em lágrimas na despedida de Inglaterra, mas treinador e jogadoras acreditam que Portugal se apresentou "mais forte" do que há cinco anos, na passada edição do torneio. Pedindo um reforço da "aposta" no futebol feminino, o próximo objetivo é claro: o decisivo duelo na Sérvia, em setembro, na qualificação para o Mundial de 2023

Pedro Barata, enviado ao Euro 2022

Jan Kruger - UEFA/Getty

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O Suécia - Portugal tinha terminado há escassos instantes, com a goleada por 5-0 a favor das nórdicas a atirar a seleção nacional para o último lugar do Grupo C, eliminada com um ponto conquistado em três partidas, quatro golos marcados e 10 sofridos. Como habitualmente no final dos encontros deste campeonato, Francisco Neto reuniu jogadoras e staff num círculo, falando e gesticulando durante mais tempo do que o normal no centro daquela roda. A poucos metros de distância, as suecas faziam a festa, embaladas pela mancha amarela que invadiu Leigh.

O que estava o técnico a dizer? Assumir que "o resultado tinha acontecido por culpa da estratégia" do treinador, mostrar-se "orgulhoso pelo trabalho que elas desempenharam" e garantir que, "com este tipo de atitude", Portugal irá "concretizar o objetivo" contra a Sérvia — foi esta a resposta de Francisco Neto quando questionado na sala de imprensa sobre o conteúdo da mensagem.

A última das três partidas portuguesas na Leigh Sports Village acabou envolta em lágrimas, com a desilusão das jogadoras — sobretudo das mais veteranas — a ser notória no relvado, na zona mista ou perto do autocarro. Talvez ninguém estivesse tão inconsolável como a capitã Dolores Silva, que foi chorando desde o apito final até à sala de conferências de imprensa, "triste por terminar a competição desta maneira".

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  • Choque de realidade promovido pelo trauma das bolas paradas
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    Portugal entrou para o último jogo da fase de grupos a sonhar com uma inédita presença nos quartos, mas esbarrou na excelência da Suécia e perdeu por 5-0. Os quatro primeiros golos das nórdicas foram de bola parada, num desaire que se explica por muito mais do que questões de centímetros

  • (Quase) tão grandes como as maiores
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    No segundo jogo no Europeu, Portugal foi derrotado (3-2) pelos Países Baixos, campeãs em título. Perante um adversário que não perde um jogo oficial há mais de três anos, a seleção voltou a começar em desvantagem de dois golos, mas agigantou-se, conseguiu empatar e encostar as neerlandesas às cordas, sendo a partida decidida por um golaço de Van de Donk