Kimi Raikkönen deixou mesmo a Fórmula 1. Não se espera do finlandês uma reviravolta como a do espanhol Fernando Alonso, que não resistiu ao regresso. O Grande Prémio de Abu Dhabi terá sido mesmo a despedida do último campeão do mundo com a Ferrari, em 2007. Foram 19 temporadas ao volante de carros muito diferentes, com ambições distintas. No fim de tudo, a maior surpresa para os menos atentos: “A Fórmula 1 nunca foi o mais importante para mim”, diz ele.
A frase proferida ao site GPFans parece chocar de frente com os números de Raikkönen: 350 corridas disputadas, com 21 vitórias, 103 pódios, 18 pole positions e 46 voltas mais rápidas. Mas o rosto do finlandês nunca foi muito sorridente, mesmo na hora de celebrar alguma conquista. Chamaram-lhe “ice man”.
O último Mundial foi disputado com discrição. O Alfa Romeo não lhe permitia grandes ambições e Kimi deu-se bem com isso. Terminou em 16.º, com 10 pontos, mais sete do que o seu jovem companheiro de equipa, Antonio Giovinazzi. Por razões diferentes, ambos abandonaram a equipa que terá Valtteri Bottas e o chinês Guanyu Zhou como pilotos em 2022.
Na hora do adeus, Raikkönen reitera que sempre deu prioridade à vida pessoal. “A Fórmula 1 tirou-me muito tempo ao longo dos anos, mas nunca foi o mais importante da minha vida. Sempre apreciei muito mais a minha vida pessoal do que a Fórmula 1. No fim, são corridas e seja bom ou mau o que nelas acontece, não vão mudar a minha vida em muitos aspetos”, declarou Kimi ao GPFans.