Srdjan Djokovic não tem a fama do filho. No caso específico de Novak, nem a boa nem a má. O número um do ranking ATP corre o risco de não poder disputar o Open da Austrália devido às posições controversas em relação à vacina contra a covid-19 e o pai do tenista avisa que Djokovic possivelmente ficará de fora da prova australiana prevista para janeiro, uma vez que se recusa a revelar se foi vacinado ou não.
A um canal de televisão sérvio, Srdjan disse: “Ele queria [jogar na Austrália] com todo o coração, porque é desportista. Nós também queríamos. Mas, com estas chantagens e condições, provavelmente ele não irá estar presente no Open da Austrália”.
O jornal espanhol “Marca”, que reproduziu as palavras do Djokovic “sénior”, lembra que, para participar no Open da Austrália, é exigido um certificado de vacinação a todos os tenistas. O diretor do torneio, Craig Tiley, confirmou recentemente estas medidas.
No estado de Victoria, onde se realiza o torneio, a vacina é obrigatória. Djokovic, campeão em título da prova australiana – que ganhou por nove vezes – recusou até agora revelar se está vacinado e deixou claro que não fornecerá quaisquer informações sobre o seu estado de saúde, particularmente no que diz respeito à covid-19.
O pai do jogador defendeu o direito do indivíduo a decidir se se vacina ou não, bem como de manter a privacidade de todas as decisões que afetem a sua saúde. Alegadamente, ele próprio não sabe se o filho foi vacinado ou não. “É o seu direito exclusivo. Não sei mas penso que ele não o tornará público. (…) Ele tem o direito de decidir como quiser,” afirmou.
A eventualidade de Novak aceitar fazer 14 dias de quarentena num hotel é pouco provável, segundo Srdjan, que argumentou ser “demasiado duro passar esse tempo num quarto de hotel, sem poder sair” e que, por isso, o filho dificilmente jogaria a bom nível.
Diga-se que o Open da Austrália representa muito mais do que um torneio para Novak Djokovic. Se o ganhasse, o sérvio poderia arrecadar o 21.º torneio do Grand Slam, superando o espanhol Rafael Nadal e o suíço Roger Federer em número de títulos.