Sónia Carneiro, antiga diretora-executiva da Liga, falou à CNN Portugal sobre a polémica que chegou à imprensa internacional após o encontro entre Belenenses SAD e Benfica. A partida, a que alguns média estrangeiros chamaram “o jogo da vergonha” opôs, no Jamor, oito jogadores do Belenenses SAD, entre eles dois guarda-redes – o que cumpriu essas funções e o que foi colocado noutra posição, por não haver mais ninguém – e o Benfica que, ao intervalo, ganhava por 7-0.
O clube do Jamor, com o banco de suplentes totalmente entregue ao presidente e a um elemento da equipa técnica, alega que pediu à Liga o adiamento do jogo e que esta rejeitou o pedido. Sónia Carneiro diz que “não havia forma de a Liga adiar unilateralmente o jogo” e que aquele organismo fez “o que, efetivamente, está no regulamento”.
“O que nos parece é que houve uma alteração de procedimentos por parte da autoridade de saúde territorialmente competente que, neste caso, julgo que é Vale do Tejo”, explicou a ex-dirigente da Liga, acrescentando que se passou “alguma coisas de estranho” com a posição da autoridade de saúde local. “Em termos do que a Liga poderia ter feito, não podemos dizer que há culpados,” afirmou Sónia Carneiro, considerando que a “magistratura de influência para convencer os dois clubes a não disputarem o jogo naquelas circunstâncias” seria o único instrumento ao alcance do organismo que congrega os clubes profissionais do futebol nacional.