Perfil

Râguebi

Tomás Appleton, o capitão dos Lobos, e a alegria de estar num Mundial: “Precisávamos de uma nova geração para inspirar os miúdos”

O jogador de 29 anos falou logo após o histórico apuramento de Portugal para o Mundial de râguebi, um regresso 16 anos depois da primeira presença e um feito de uma nova geração de jogadores

Expresso

Martin Dokoupil - World Rugby/Getty

Partilhar

Ainda a festa se fazia ouvir bem alto no estádio The Sevens, no Dubai, onde decorreu o torneio de repescagem para o Mundial de 2023, quando o capitão de equipa Tomás Appleton deu voz aos primeiros sentimentos portugueses, à emoção de se fazer história 16 anos depois.

Com o empate 16-16 frente aos Estados Unidos, conseguido na derradeira jogada, os Lobos estarão no Mundial de França, a segunda participação na principal prova do râguebi e um dos maiores eventos desportivo de seleções a decorrer no próximo ano em qualquer modalidade.

É difícil explicar, é um dos melhores sentimentos do mundo. Quando sabes que o trabalho duro valeu a pena, não há palavras para o descrever. É incrível”, começou por dizer o jogador de 29 anos.

Appleton sublinhou a importância do feito para “a comunidade do râguebi” em Portugal, relembrando desilusões passadas. “Falhámos isto algumas vezes e precisávamos de uma nova geração para inspirar crianças a jogar râguebi e acho que fizemos o melhor trabalho possível para isso”, explicou, ainda ofegante.

Do alto da sua experiência numa seleção que junta também muita juventude, Tomás Appleton frisou que o râguebi português está por estes dias “muito melhor” do que na sua estreia, lembrando o papel do selecionador, o francês Patrice Lagisquet.

“Um grande abraço para o nosso treinador, o Patrice, que fez um trabalho fantástico. Tornou-nos numa unidade forte, num grupo forte. E, como já disse, o trabalho duro vale a pena”, rematou Appleton.

Portugal estará integrado na Pool C do Mundial do próximo ano, com Austrália, País de Gales, Fiji e Geórgia.