No final da investigação na sequência de acusações de causar “clima de terror”, Claude Atcher foi oficialmente retirado do cargo de diretor-executivo do próximo Campeonato do Mundo de râguebi. O relatório da Inspeção do Trabalho francesa confirmou um "ambiente social extremamente degradado" no comité organizador da competição.
"Tomando nota das conclusões do relatório, a direção do França 2023 decidiu rescindir o contrato do diretor-executivo Claude Atcher", lê-se numa declaração da organização do Mundial.
Atcher foi suspenso em agosto após alegações sobre a sua gestão serem tornadas públicas. Na altura falou-se sobre situações em que os funcionários chegaram a sofrer de ataques de pânico, burnout e abusos verbais. “Este despedimento preventivo visa proteger a saúde e a segurança dos trabalhadores. Implicará necessariamente o início de um inquérito disciplinar. Veremos, tendo em conta as conclusões da inspeção do trabalho, se requer o despedimento”, anunciou então Amélie Oudéa-Castera, a ex-tenista que agora é ministra do Desporto francesa.
As alegações do documento inicialmente publicado pelo comité de ética do Groupement d’Intérêt Public (GIP), do Mundial 2023, acabaram por ser confirmados pelo grupo que fez a investigação.
"O relatório apresentado pela Inspeção do Trabalho francesa corrobora e complementa o relatório produzido pelo Comité de Ética do França 2023", acrescentou a organização.
Ao mesmo tempo que foi anunciado o despedimento de Claude Atcher, foi anunciado o nome que o irá substituir. Julien Collette, antigo diretor adjunto da Atcher, foi nomeado diretor executivo.
“A nova equipa de gestão e os seus funcionários continuarão a trabalhar em conjunto para oferecer um momento excecional de celebração em toda a França e nas suas regiões, com a promessa de entregar um evento responsável tanto em termos de organização como de legado para o desporto e a sociedade”, afirmam.