O desporto, qual amanhecer prometedor, tem sempre dias assim. Pela primeira vez na história, os Pumas, a seleção argentina de râguebi, bateram os All Blacks pela primeira vez no seu terreno, na Nova Zelândia. O jogo, a contar para a terceira jornada do Rugby Championship, disputou-se em Christchurch.
O resultado terminou 25-18 para os sul-americanos e deveu-se sobretudo, reza a lenda do “Clarín”, a “um plano inteligente” e a uma atuação “com convicção” e “conhecimento estricto das limitações”. No fundo, erraram muito menos do que os rivais, que enfrentaram “os seus próprios fantasmas”.
Decisivos foram os pontos de Juan Martin Gonzalez e Emiliano Boffelli, assim como a defesa com "disciplina pura", como diz o cronista do diário mencionado. Do lado dos que jogam de preto, Samisoni Taukei’aho, Caleb Clarke e Richie Mo’unga mexeram o marcador, ainda que de uma forma que seria insuficiente para um final feliz.

Joe Allison
Michael Cheika, o australiano que treina os argentinos, estava orgulhoso e olhou para a frente. “Estou muito feliz pelo que conseguimos. Trabalhámos muito para conseguir isto. Estou muito feliz pelos jogadores. Estou muito orgulhoso dos jogadores. Acredito no plano de jogo. Acima de tudo, nos momentos difíceis é bom que o grupo reaja e foi isso que fizeram os jogadores na Nova Zelândia”, começou por dizer.
E acrescentou: “É imperativo melhorar no scrum e na primeira linha defensiva na próxima semana. Tivemos alguns erros no primeiro tempo e isso não se pode repetir”.
Os Pumas entraram em campo com Juan Cruz Mallia, Emiliano Boffelli, Matías Moroni, Matías Orlando, Lucio Cinti, Santiago Carreras, Gonzalo Bertranou, Pablo Matera, Marcos Kremer, Juan Martin González, Tomas Lavanini, Matías Alemanno, Joel Sclavi, Julián Montoya (capitão) e Thomas Gallo.
Já os All Blacks alinharam com Jordie Barrett, Will Jordan, Rieko Ioane, David Havili, Caleb Clarke, Richie Mo'unga, Aaron Smith, Ardie Savea, Sam Cane (capitão), Shannon Frizell, Scott Barrett, Sam Whitelock, Tyrel Lomax, Samisoni Taukei'aho e Ethan de Groot.
O resultado dos argentinos é particularmente especial quando se observa o histórico entre ambas as seleções antes deste jogo: em 33 jogos, a Nova Zelândia batera os sul-americanos 31 vezes. A única vitória dos argentinos aconteceu em 2020. Agora são duas, ainda por cima no terreno do mítico rival.