Frederico Sousa é um nome e apelido cravados bem fundo na história do râguebi português.
Em 2007, o então centro foi um dos convocados para a seleção amadora que se intrometeu no meio de profissionais no Mundial de França, onde Portugal defrontou a Escócia, Nova Zelândia, Itália e Roménia. Perderam-se quatro jogos e ganharam-se histórias para um dia contar aos netos de como um grupo de homens com o râguebi como hóbi levado muito a sério lá conseguiram chegar.
Tantos anos volvidos, Frederico Sousa é selecionador da equipa de sevens que, este domingo, garantiu a qualificação para o Campeonato do Mundo da vertente onde só há sete corpos em cada lado para correrem por um campo com as exatas mesmas dimensões que são usadas no râguebi de 15. Nove anos depois, Portugal vai regressar ao maior torneio da modalidade.
A viagem foi assegurada em Bucareste, na Roménia, onde a seleção nacional venceu a Polónia (51-0) e, no decisivo encontro, superou a Espanha (20-19) para ser o melhor terceiro lugar do torneio europeu de apuramento para a prova - no sábado, os portugueses tinha perdido com Itália e Irlanda.
Portugal apenas falhou duas de sete edições do Mundial. A primeira, em 1993, e a última, em 2018, que teve de esperar mais tempo para se realizar devido à sesta prolongada a que os sevens submeteram o torneio, em prol de um bem maior: como, em 2014, a modalidade se estreou nos Jogos Olímpicos, o Campeonato do Mundo de 2015 acabou por ser sacrificado para as nações se aprontarem.
O melhor resultado da seleção nacional registou-se em 2005, com um 10.º lugar entre 24 equipas. O Mundial deste ano está marcado para entre 9 e 11 de setembro na Cidade do Cabo, África do Sul, onde os sevens não páram desde 2020, último ano em que o circuito da World Series passou por lá.