A análise ao jogo
“As equipas têm qualidade, não jogamos sozinhos e o adversário, o Farense, tem feito um campeonato muito interessante, é uma equipa muito pragmática, que joga de forma muito simples, mas difícil de anular, transitavam para o ataque de forma rápida e tínhamos de ser consistentes na nossa dinâmica com bola e na forma como ocupamos o espaço ofensivo, que ditava muito o nosso equilíbrio no momento em que perdíamos a bola.
O Farense criou uma ou outra situação, como criou contra todas as equipas, mas o jogo não tem história, fizemos um jogo sólido e de qualidade, pausámos quando tínhamos de pausar, acelerámos quando tínhamos de acelerar e criámos muitas situações. O resultado é completamente justo e poderia ter sido mais volumoso, mas isso não seria justo para a réplica do Farense.”
14 golos marcados e um sofrido em janeiro. Gostava que o campeonato começasse agora?
“Foi o que foi. Ainda hoje olhámos para um jogador que fez um excelente jogo [Alan Varela] e depois, num lance, porque veio de um campeonato diferente e tem 22 anos, sabe que sob pressão tem de tirar a bola rapidamente da zona e sair por fora não o fez, controlou a bola e fez penálti, é a tal adaptação que os jogadores têm de ter, na Europa o jogo é bastante mais rápido do que na América do Sul. São jogadores interessantes, mas precisam de tempo, este é um exemplo de hoje, mas o Varela fez um excelente golo e deu muito ao jogo.
Houve situações em que podíamos ter feito as coisas de forma diferente, mas agora não há nada a chorar ou lamentar, há sim a olhar para a frente.”
Os golos de Evanilson
“Está a compensar o tempo que esteve lesionado, obviamente que o Evanilson é avançado e tem de fazer golos, mas olho para outras coisas, para a forma como chegámos lá, e para ele fazer golos houve um trabalho de equipa que lhe permitiu concluir a jogada com sucesso. O mais importante para mim é a equipa e o processo ofensivo e defensivo, além dos esquemas táticos, pois o nosso segundo golo é fruto do trabalho da equipa técnica, do Vítor Bruno e do Dembélé, que estudam como podemos tirar partida de certas fragilidades do adversário. Trabalhamos com muito afinco para ganhar jogos, às vezes não é possível, mas estamos conscientes de que estamos no caminho certo. A equipa está a evoluir porque, individualmente, os jogadores estão a crescer e isso é muito importante.”
E quando Taremi regressar da Taça da Ásia?
“Dor de cabeça porquê? Se puder contar com toda a gente fico contente. A semana de trabalho é em função do adversário e da dedicação semanal de toda a gente, aqui não há lugares cativos, toda a gente tem de trabalhar para ter lugar na equipa e no banco. A competitividade é boa, é de louvar, eu gosto. Ter jogado bem num jogo não é garantia de jogar o próximo.”
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