Sérgio Conceição e um Chelsea ferido: “Se querem a minha opinião, preferia que eles tivessem ganhado o último jogo”
JOSE COELHO/EPA
Treinador do FC Porto desconfia da derrota do Chelsea na última jornada da Premier League, frente ao WBA, e acredita que poderá servir de alerta para a equipa inglesa, mais do que mostrar qualquer fragilidade dos adversários dos dragões nos quartos de final da Liga dos Campeões
Tribuna Expresso
Chelsea
“É uma equipa diferente em muitas coisas, naquilo que é a sua dinâmica, processo ofensivo, defensivo, mesmo os esquemas táticos, é uma equipa diferente da Juventus. São duas das melhores equipas do mundo, habituadas a jogar ao mais alto nível. Estamos conscientes que vamos ter uma tarefa difícil, mas temos a nossa equipa pronta, fazemos parte de uma equipa histórica que não tendo um orçamento nem pouco mais ou menos parecido, conseguimos batermo-nos com o nosso espírito e qualidade de jogo. O que fizemos contra a Juventus, sem ter muita bola, foi fantástico”
Ausências Sérgio Oliveira e Taremi
“Nós olhamos para nós, em função da estratégia para o jogo e o adversário. Poderá haver alguma nuance para amanhã, sim. Queríamos ter toda a gente disponível. As ausências podem mudar. A estratégia é igual, mas não tendo o Sérgio obviamente que estamos a falar do melhor marcador da equipa, é importante. Não é fácil colmatar a ausência dele. Mas não vamos mudar a forma de olhar para este jogo só por não termos o Sérgio e o Taremi”
Luis Diaz
“Eu posso querer de um ala ou de um extremo que jogue mais aberto ou por dentro. De um avançado que jogue por dentro ou mais colado à linha defensiva, para explorar aquilo em que ele é mais forte que é o ataque à profundidade. Tem a ver com o espaço que ele ocupa quando temos a bola. Amanhã logo se verá se temos um Luis da melhor forma as suas capacidades, mas não é só ele, são todos os Luises da equipa”
Crença
“O acreditar faz parte desta casa. É histórico. Quem não acreditar que é possível ganhar o próximo jogo não pode vestir esta camisola. É preciso preparar o jogo, defrontar o Chelsea e tentar ganhar o jogo. A ambição que todos temos está patente no dia a dia e o mais importante é pensar no futuro próximo, que é o jogo com o Chelsea. Na vida não há impossíveis. Vão defrontar-se duas equipas com ideias de jogo bem patentes. Quando se entra em campo não se entra a pensar que gastámos 25 milhões e o Chelsea gastou 250 milhões de euros no mercado. Se vamos pensar nisso, as equipas que jogam connosco na liga poderiam pensar o mesmo”
Jogar em Sevilha
“Gostaríamos de jogar na nossa casa, com a força do azul, dos dragões no balneário. Mas uma casa faz sentido é com a família lá dentro e essa família tem estado fora, que são os adeptos. Não há grande diferença porque os adeptos estão fora”
Derrota do Chelsea com o WBA
“O Chelsea até este último jogo tinha sido extremamente competente, é a segunda defesa menos batida na Champions. É uma equipa consistente e forte. Estas derrotas servem de alerta. Se querem a minha opinião, preferia que eles tivessem ganhado o último jogo. Estas situações por vezes fazem tocar a sirene e meter toda a gente mais desperta para os perigos. Naquilo que foi a análise ao adversário praticamente não entrou esse último jogo. Entraram outros jogos, nomeadamente na Champions com o At. Madrid. O Tuchel é um treinador que muda um bocadinho, mesmo ganhando, é a sua dinâmica. Eu vi o jogo mas não apresentámos imagens aos jogadores desse jogo”