1. Vítor Serpa
2. Desporto com respeito
O que querem todas as pessoas de bem, que gostam de desporto? Querem usufruir da sua paixão em segurança. Querem levar as suas esposas, maridos e filhos a estádios, pavilhões e pistas, sem pensar no risco de serem atropelados no meio de um motim ou atingidos por um tsunami de pancadaria.
As pessoas normais, as que são boas por natureza, têm o direito de exigir que o desporto volte a ser a escola de virtudes que um dia foi. Têm o direito a querer sentir conforto, paz e entusiasmo quando assistem a uma corrida ou competição.
Não importa se a responsabilidade nessa matéria cabe mais a este ou àquele, a esta ou àquela. Não importa se o problema é difícil de resolver (e é) ou se depende da vontade conjunta de vários órgãos, entidades ou instituições (e depende).
Todas as pessoas que concorrem voluntariamente para cargos na política ou no desporto sabem que o caminho que têm de percorrer não será sempre um mar de nenúfares. Sabem que, no trajeto, terão que enfrentar algumas tempestades (umas mais bravas do que outras), que devem encarar com coragem, sem medos e de frente. Quem tem capacidade, consegue. Quem não tem, está no cargo errado.
Mas não nos precipitemos. O que o adepto pede é muito simples: um sinal de mudança. O adepto quer sentir que este problema de fundo começa a ser resolvido. O adepto quer ver alguns passos, algumas medidas exequíveis neste sentido.
3. Mehdi Taremi
A melhor resposta é quase sempre a que se faz, não a que se fala.
O “golo da vida” do avançado iraniano teve o condão de silenciar rivalidades desportivas (já demasiado ofensivas no discurso) e mostrar-nos um homem de coragem e caráter.
Era bom que as pessoas percebessem bem as consequências pessoais, profissionais e familiares que a sua opção - a de apoiar publicamente as mulheres iranianas, num contexto politicamente muito sensível - pode ter num país cujo regime raramente perdoa ou esquece quem ousa expressar-se livremente. Chapeau.
4. Igualdade e respeito
O tratamento dado às pessoas, a todas as pessoas, deve ser justo e igual. Deve ser respeitoso, adequado e íntegro. Isso vale para qualquer pessoa, independentemente da sua idade, género, cor da pele, credo ou religião.
Nascemos iguais, morremos iguais. Não pode haver ninguém, pelo meio, que ache que é diferente para melhor. Esta verdade torna-se mais premente quando em causa estão relações de poder, exercícios de influência. A lei chama-lhe "temor reverencial".
Nenhum patrão, professor ou treinador pode usar a margem de influência da sua posição para coagir, assediar, incomodar, ofender ou diminuir um funcionário, aluno ou jogador. Tal como nenhum pai deve fazer o mesmo em relação a um filho.