A 22 de junho de 2010 arrancava no court 18 do All England Club, casa do torneio de Wimbledon, uma batalha interminável entre John Isner e Nicolas Mahut. O último ponto só se jogaria dois dias depois, numa partida tão longa que nem o placard electrónico do court aguentou. E que ajudou a mudar algumas regras do ténis
A 9 de junho de 2019, precisamente há um ano, a seleção portuguesa voltou às conquistas, depois do Euro 2016, vencendo a novíssima Liga das Nações, no estádio do Dragão. Recorde a crónica da Tribuna Expresso de um jogo em que Portugal foi superior a uma Holanda pouco "laranja mecânica" e ganhou, com um golo de Gonçalo Guedes
Sonhou ser médico para salvar Magic Johnson e dar cabo de "bactérias e vírus", mas o talento para o basquetebol levou Pau Gasol a uma viagem que lhe trouxe dois títulos da NBA, três títulos europeus, um título mundial e três medalhas olímpicas. Apaixonado por ópera, literatura e dedicado a causas sociais, o catalão chega em breve aos 40 anos sem equipa e em plena pandemia. Mas ainda não vimos tudo de Gasol: ele quer jogar nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021
A 28 de maio de 1997, o Borussia Dortmund venceu a Juventus (3-1) para conquistar a sua primeira e (até agora) única Champions League. 23 anos depois, Paulo Sousa recorda na primeira pessoa um troféu que foi duplamente especial, já que o ex-internacional português também tinha conquistado a prova na época anterior, precisamente com a Juventus
Aquela final louca, em Istambul, onde cada equipa teve a sua parte para ser escandalosamente superior à outra, foi há 15 anos. Os primeiros 45 minutos fizeram o AC Milan desmantelar uma equipa que parecia não ter hipótese de reagir, mas, após o intervalo, o Liverpool ressuscitou com três golos e prolongou a penosa queda dos italianos até aos penáltis, onde Dudek imitou as pernas de esparguete que tinha dado a última Liga dos Campeões ao clube inglês
Foi no Estádio do Prater, em Viena, que o Benfica jogou a sua última final da precursora da Liga dos Campeões. Do outro lado estava o AC Milan de Sacchi, com Maldini, Baresi, Costacurta, Gullit, Ancelotti, Van Basten e Rijkaard, que haveria de marcar o único golo de um jogo muito equilibrado, tático, praticamente sem oportunidades. Toni e Vítor Paneira recordam à Tribuna Expresso aquele 23 de maio de 1990
Há 35 anos, um clube iô-iô, que tinha subido à Série A apenas três épocas antes, foi campeão italiano. No meio do Nápoles de Maradona, da Juventus de Platini ou do Inter de Rummenigge, o Hellas Verona passou 29 das 30 jornadas do campeonato em primeiro lugar, provou que os contos de fadas existem e deu razão ao seu treinador: "Não inventei táticas, não houve nada de maquiavélico. O futebol é um jogo simples e deixei-os expressarem-se livremente"
O ex-futebolista holandês celebra este domingo 51 anos e decidimos recordar alguns momentos geniais de Bergkamp, o homem que tinha medo de voar. Este texto foi originalmente publicado a 10 de maio de 2019, quando Bergkamp completou meio século de vida
Reduzir 93 anos de história a um mero latifúndio na posse de um avançado francês que passava golos, em jeito, para a baliza, poderá ser redutor, mas Thierry Henry terá sido o melhor, mais dominador e ostensivamente superior jogador que passou com a camisola do Arsenal pelo estádio de Highbury, que há 14 anos acolhia o último jogo antes de ser demolido pela modernidade - e por um hat-trick
Completam-se esta segunda-feira 71 anos desde o dia em que um acidente de avião matou toda a equipa do Torino, a 4 de maio de 1949, depois de um jogo no Estádio Nacional. A partir daí, mudou o fado do calcio: a Juventus conquistou o papel de papão do futebol italiano. A Tribuna Expresso viajou na máquina do tempo, em Turim, e foi conhecer o Torino, o rival da Juve (texto originalmente publicado a 8 de julho de 2018)
Há oito anos, o título espanhol ia para a máquina vertiginosa de ataque aos espaços, das jogadas com poucos toques e apenas com o número de passes absolutamente necessário. Era o Real Madrid dos 100 pontos e 121 golos (46 de Ronaldo), acicatado pelas pirraças de José Mourinho e o dedo no olho do treinador adjunto do Barcelona de Pep Guardiola, que o português conseguiu derrotar
Para lá daquele pé direito que colocava a bola onde bem queria, dos livres perfeitos, dos cruzamentos teleguiados, David Beckham deu ao futebol aquilo que até aos anos 90 ele não tinha: holofotes e purpurinas. O inglês, que este sábado completa 45 anos, pode não estar no restrito grupo de melhores da história, mas a sua face também mudou o jogo: com ele, o futebol tornou-se mais global
Foi há 53 anos que Muhammad Ali deixou de ser apenas o melhor pugilista do Mundo para se tornar também numa das caras da luta contra a guerra e a discriminação. E assim nasceu o ícone. Mesmo que com custos para a sua carreira
Faz 37 anos que a seleção nacional foi a Moscovo ser goleada e sofrer a única derrota na caminhada para o Europeu de 1984, onde só pararia nas meias-finais. O choque, à época, foi pano para crítica, como se recorda no pedaço de jornal que o "Diário de Lisboa" dedicou ao resultado. E foi piorado com as declarações de Manuel Bento, o guarda-redes do Benfica que se queixou de falta de fruta e leite no dia anterior ao jogo
Chegou o fim da linha para Arsène Wenger, que deixa o Arsenal aos 68 anos, com três campeonatos, sete Taças de Inglaterra e sete Supertaças. Parece pouco (e talvez seja), mas o efeito do técnico gaulês nos gunners e no próprio futebol inglês mede-se muito para lá do currículo. Ele aterrou e foi a revolução: nos comportamentos, na forma de jogar, naquilo que foi a evolução de um campeonato que se tornou num produto global, uma evolução que acabou por vitimar o próprio seu mestre. Wenger não vai sair pela porta pequena, mas tão-pouco sai em ombros. Este texto foi originalmente publicado a 20 de abril de 2018
Há exatamente 20 anos, Fernando Redondo mostrou todos os seus truques numa exibição memorável em Old Trafford. Este texto é sobre esse dia, mas sobretudo sobre o médio que transformou a especialidade do trinco num ofício artístico
Aconteceu há exatos 30 anos, contra o Marselha, e foi com a mão. Convém esclarecer antes que apareça por aí um Honesto da Silva Ferreira em alegações de ombros e peitos. Foi com a mão e foi muito bem feito. Tivesse sido com o pé ou com uma parte, para efeitos futebolísticos, menos nobre da anatomia, e já o teríamos esquecido. Ao golo e ao seu autor, Vata Matanu Garcia
No dia em que comemora o 38º aniversário da sua primeira eleição como 33º presidente do FC Porto, recordamos em 38 datas essenciais a vida coroada de sucessos desportivos de Jorge Nuno Pinto da Costa, 82 anos, o mais titulado dirigente desportivo do mundo no ativo
Estávamos em abril de 2012 quando Marc Janko percebeu que tinha metido a chuteira na poça: então no FC Porto, o avançado austríaco definiu a rivalidade entre norte e sul de Portugal com "algo que ouvira nas ruas" e não demorou a ser criticado
Há 25 anos, Paul Gascoigne voltava aos relvados após uma paragem de 12 meses, culpa de uma lesão num lance fortuito com o então adolescente Alessandro Nesta durante um treino da Lazio. Seria o princípio do fim de uma aventura cheia de peripécias do britânico em Itália, da qual ficaram muito mais histórias para contar do que exatamente títulos
Foi há 29 anos que a FIFA não teve contemplações com Maradona, apanhado com cocaína num controlo anti-doping umas semanas antes. Quinze meses sem jogar, naquele que foi o triste episódio final da história de amor e queda do argentino em Nápoles
No dia 5 de abril, o Tottenham recebeu o Benfica, no White Hart Lane, para a segunda mão da Taça dos Campeões Europeus. A vertigem e o querer, para dar a cambalhota à eliminatória, não foram muito diferentes do que se viu na Johan Cruijff Arena na época passada, contra o Ajax, quando o clube inglês garantiu a passagem à final da Liga dos Campeões. A Tribuna Expresso republica este artigo, pois há 58 anos jogou-se este Tottenham-Benfica
Há 45 anos, Bobby Fischer, o genial e perturbado xadrezista norte-americano que um dia ousou interromper o domínio soviético, viu-lhe ser retirado o seu título mundial conquistado em 1972, depois de recusar comparecer no duelo com Anatoly Karpov. Por paranóia, cisma ou simplesmente por medo, até hoje ninguém sabe
Jackie Mitchell tinha 17 anos quando se juntou aos Chattanooga Lookouts, equipa de beisebol do Tennessee que fez um amigável contra os gigantes New York Yankees, no qual tirou duas lendas vivas de jogo, que não conseguiram acertar nas bolas que lançava. A façanha chocou muito boa gente, numa época em que era mais do que incomum ver mulheres a praticarem modalidades associadas quase exclusivamente a homens. Mas ainda existe a dúvida se tudo não terá sido encenado
O desporto é território fértil para mentiras de 1 de abril porque, e talvez como em nenhuma outra área, no desporto o que hoje é mentira pode perfeitamente ser verdade amanhã - que o diga Dani, que viu o seu nome envolvido numa transferência para o Benfica num 1 de abril, algo que de facto veio a acontecer uns anos depois. Estas, umas mais antigas que outras, são cinco das melhores histórias do Dia das Mentiras
Há 26 anos, o provável melhor basquetebolista de sempre assinou pelos Birmingham Barons, não uma equipa da NBA, da qual Michael Jordan se retirara, uns meses antes, mas um clube da Minor League Baseball, a competir na modalidade que o pai sempre quisera ver o filho. Jordan fez uma época a tentar bater bolas com um taco, a coisa correu assim-assim, chegou a ser gozado e, pouco depois, regressaria aos Chicago Bulls para ganhar mais três títulos da NBA. E construir uma lenda
Há precisamente 19 anos, Michael Phelps, então um jovem adolescente de 15 anos e 9 meses, batia o recorde do Mundo dos 200m mariposa, tornando-se no mais jovem recordista mundial da história da natação. Foi o primeiro dos 39 recordes mundiais que bateu
A 29 de março de 2003, entre críticas e elogios, o médio que nasceu no Brasil e se naturalizou português estreou-se pela seleção, e logo com uma história digna de filme: entrou na 2ª parte e marcou o golo da vitória, frente ao... Brasil
Tão nervoso estava que nem demorou 10 segundos a aquecer. Entrou, tocou duas vezes na bola e pronto. Neste dia, com 16 anos, seis meses e um dia vividos, Francesco Totti estreou-se pela Roma, clube e cidade onde reinaria até 2017, sem devaneios para outros lados, sempre fiel, até se retirar como o últimos dos moicanos românticos do futebol