Na madrugada de quarta-feira, em Portugal, a NBA regressa para a temporada 2022/23. Não, não é mentira. Tudo o que aconteceu até agora, aconteceu antes mesmo da época começar. O que por si só já coloca a fasquia elevada para o novo ano.
Houve pedidos de trocas não concretizados, rumores, lesões, mudanças e uma série de escândalos. De uma forma resumida: já aconteceu muita coisa, mas ainda há espaço para muito mais.
A pré-época
O pedido para sair de Kevin Durant, que acabou por não avançar e por isso o jogador continua ao serviço dos Brooklyn Nets; os rumores sobre quem muda ou não de equipa, começando em Russell Westbrook e acabando em Kyrie Irving – que não foram a lado algum –; as lesões de Chet Holmgren e LaMelo Ball ou os regressos de Zion Williamson, Michael Porter Jr. e Jamal Murray.
Várias coisas sucederam ao longo da pré-temporada, mas nada deu tanto que falar como os escândalos em Boston, Phoenix e São Francisco.
Dias antes do início dos treinos, os Boston Celtics anunciaram a suspensão do treinador Ime Udoka por “violação das políticas da equipa”. Mais tarde soube-se que o treinador mantinha uma relação com uma funcionária do clube. Joe Mazzulla, de 34 anos, um dos treinadores assistentes de Udoka na época passada, será o treinador interino este ano.
Em Phoenix, os Suns já lidavam com a investigação ao proprietário do clube há algum tempo, mas o resultado divulgado em setembro acabou por piorar a situação. Robert Sarver foi suspenso e multado na sequência de comportamentos racistas e misóginos e anunciou a intenção de vender o clube.
Por fim, o murro. Ou o pior início possível para os atuais campeões da NBA. Draymond Green agrediu Jordan Poole num treino de pré-temporada, o que lança uma série de perguntas sobre os Golden State Warriors: o pedido de desculpas de Green foi suficiente? Isto vai mudar alguma coisa na dinâmica da equipa? O problema fica por aqui?
O campeonato
Pela primeira vez nos 21 anos de história da pesquisa realizada pela própria liga, que conta com a participação dos 30 general managers dos clubes e serve para lançar a nova época, os Milwaukee Bucks são escolhidos como os favoritos para vencerem o título, com 43% dos votos. Nem no ano passado, quando eles próprios detinham o título, receberam tanta confiança.
Os restantes favoritos ao título são os Warriors (25%), Los Angeles Clippers (21%) e Celtics (11%). Os segundos e quartos classificados desta lista foram os finalistas da época passada, quando o favoritismo foi dado aos Nets, com 72% dos votos.
A expetativa vai continuar a recair também sobre dois clubes onde a reunião de estrelas faz com que só se espere o melhor, algo que não aconteceu no ano passado.