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Portugal esteve em risco de sair do calendário, mas, afinal, Portimão vai ficar na rota do MotoGP por mais dois anos

Portugal esteve em risco de sair do calendário, mas, afinal, Portimão vai ficar na rota do MotoGP por mais dois anos
SOPA Images

Miguel Oliveira mostrou-se “perplexo” com “a falta de intervenção governamental” quando o Grande Prémio de Portugal esteve perto de sair do calendário do MotoGP em 2025. A situação alterou-se e o Autódromo Internacional do Algarve tem assegurados mais dois anos de presença no Mundial de motociclismo

Nos últimos anos não tem faltado ao Mundial de Moto GP um toque de portugalidade. Desde 2020 que, sem interrupção, o Algarve garante o seu espaço no calendário fazendo as vezes do Estoril que, entre 2000 e 2012, foi a casa do GP de Portugal. Ainda a presente temporada não terminou – os dois do costume, Jorge Martín e Francesco Bagnaia, gladiam-se pela liderança – e a programação da próxima época começa a definir-se.

Por muito que exista predisposição para alargar o Mundial do ano seguinte para o máximo de 22 corridas permitidas (em 2024, disputam-se apenas 20), o crescente interesse de vários países em receber provas do Moto GP exige escolhas. Até há pouco tempo, a saída do GP de Portugal do calendário parecia ponto assente.

Vendo a prova realizada no Algarve “bastante em risco” de não estar presente na temporada 2025, Miguel Oliveira mostrou-se “extremamente triste” em declarações à SportTV. “Apesar de ser um evento dispendioso, tem um retorno elevado e deixa-me perplexo a falta de intervenção governamental”, afirmou o piloto português que vai passar a correr pela Pramac/Yamaha. O ‘Falcão’ considerou que até aqui “houve zero intervenção do Governo na realização do MotoGP em Portugal nos últimos anos”, evidenciando a desconsideração do poder político para com uma prova que “faz bem à saúde económica e ao prestígio do país”.

O cenário sofreu um volte-face e o público português vai mesmo poder ir ao Autódromo Internacional do Algarve ver Miguel Oliveira a representar a nova equipa. "Conseguimos. Foi um trabalho de equipa que demorou muito tempo a chegar, mas conseguimos e Portugal vai ter um contrato para dois anos, pela primeira vez", disse Jaime Costa, diretor-geral da Parkalgar, empresa gestora do circuito algarvio, em conferência de imprensa.

Apesar de ter contrato, a Índia saiu das cogitações para 2025 devido às condições climatéricas previstas para setembro, altura em que estava prevista a realização do GP do país asiático, o que pode ter facilitado a permanência de Portugal. O GP da Chéquia e o GP da Hungria são duas das novas escalas da época que se avizinha.

A seis corridas do final do campeonato, Miguel Oliveira é o 14.º classificado do Mundial de Moto GP. O piloto de Almada não ganha uma corrida desde março de 2022 quando ficou em primeiro lugar na Indonésia, local onde vai regressar este fim de semana. Em 2020, o Falcão venceu no Algarve, feito que não se importará de repetir no regresso a casa que esteve perto de não se concretizar.

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