O italiano Pecco Bagnaia (Ducati), campeão do mundo, e outros pilotos pediram esta sexta-feira mudanças na segurança do Autódromo Internacional do Algarve, palco do Grande Prémio de Portugal, prova de abertura do Mundial de motociclismo de velocidade.
Um acidente com o espanhol Pol Espargaró (GasGas), que sofreu traumatismos no peito e nas costas, obrigou a uma bandeira vermelha, algo que Bagnaia acredita que podia ter sido evitado.
“Sem esta gravilha não era uma bandeira vermelha. Era um acidente forte, mas não era bandeira vermelha. Quando o Pol chegou à gravilha começou a acelerar. Penso que as barreiras de ar são mais pequenas ou nem sequer estavam lá”, referiu.
Segundo Bagnaia, “há quatro anos” que os pilotos estão “a pedir para melhorar as condições da pista”, sobretudo da gravilha, mas “nada mudou”.
“Com os acidentes que houve já percebíamos que havia um problema. Mais uma vez, não podemos melhorar assim. Houve tempo para mudar. É uma situação para falar na comissão de segurança”, referiu.
Para o italiano, é obrigatório melhorar para o próximo ano, mas defende que ainda poderão ser colocadas mais barreiras para o resto do fim de semana. Algo também defendido por Marc Márquez (Honda): “Têm de colocar uma barreira de ar. Não é para o ano, é amanhã”.
Joan Mir, colega do catalão, disse mesmo ser “inacreditável” que o local do impacto de Espargaró não tenha qualquer barreira de ar. “A pessoa responsável [pela segurança] tem de saber que não há escapatória suficiente”, apontou o maiorquino.
A prova de abertura do mundial decorre este fim de semana no Autódromo Internacional do Algarve.